domingo, 28 de setembro de 2014


(Leia 2Co 7.12-16)
Há uma torcida no Brasil que é conhecida como fiel (são estimados em aproximadamente 30 milhões). Mas ser fiel, mesmo, no verdadeiro sentido da palavra, é algo bem mais abrangente.
Jesus nos conta a história de um senhor que saiu de viagem e deixou talentos (valores) com seus servos, para que negociassem. Quando voltou, foi pedir contas. Um deles, que tinha recebido cinco talentos, entregou de volta o dobro, porque tinha negociado bem. Então recebeu do senhor a sentença: “(…) Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.” ( Mateus 25:21)
Como podemos ser considerados pessoas fiéis?
O texto de 2Co 7.12-16 nos mostra que há, pelo menos, três maneiras de nos mostrarmos como pessoas fiéis:

I – Demonstrando Preocupação (12)

Num curso de atendimento em grandes empresas somos ensinados a mostrar-nos preocupados com o bem-estar do cliente, sinalizando, assim que ele chega, que já o vimos e que vamos atendê-lo o mais breve possível.
Uma candidata, em propaganda eleitoral, para mostrar aos seus eleitores que se preocupa com o pobre, contou a história de quando sua família passava fome e finalizou: quem passou por isso jamais acabará com programas de combate à pobreza.
Deus quer que nos mostremos preocupados com a sua vontade, e repreendeu o mensageiro da Igreja de Laodicéia, o qual parecia despreocupado ao afirmar: “(...)Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma,(...)” (Ap 3.17)
Para nos mostrarmos fiéis, precisamos mostrar a Deus que estamos preocupados em fazer a sua vontade.

II – Proporcionando Refrigério (13)

Uma prática relativamente nova no Brasil, mas antiga em outros países, é o chamado “Recall”. Quando uma indústria descobre que seus produtos têm um defeito grave, “chamam de volta” seus clientes para corrigirem, no produto, os problemas. Assim passam a eles confiança de que adquiriram um produto seguro.
O Senhor é fiel para conosco, e nos passa confiança, refrigerando-nos a alma, como diz em Salmo 23.3:
“refrigera-me a alma. Guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome.”
A bíblia ensina que pais devem ser fiéis em corrigir seus filhos, pois entre outras coisas isto lhes ajudará a ter refrigério no futuro:
(Provérbios 29:17) “Corrige o teu filho, e te dará descanso, dará delícias à tua alma.”
Para nos mostrarmos fiéis ao nosso Pai Celestial, devemos ter atitudes que darão a ele descanso, delícias, refrigério.

III – Prestando Obediência (14-16)

O rei Saul era um homem interessante: Alto, bonito, trabalhador, tornou-se o primeiro rei de Israel e conseguiu liderar um exército capaz de livrar o povo dos principais inimigos da época. Mas cometeu erros graves, e o principal foi não obedecer a Deus de todo o seu coração. Foi para ele a famosa advertência de 1 Samuel 15:22: “(...)Tem, porventura, o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros.”
Quando falamos sobre obediência, falamos em fazer coisas que não queremos, que não são agradáveis. Dou como ilustração a dificuldade que a maioria das pessoas têm para manter o peso ou emagrecer. É tão óbvio o que precisa ser feito, mas as pessoas não conseguem (diminuir a comida ou aumentar a atividade física.)
Para sermos chamados fiéis, devemos ser obedientes até nas pequenas coisas. Deus tem nos dado ordens simples e diretas, como: amar uns aos outros, ir à Igreja, orar, obedecer aos pais, honrar pai e mãe, evangelizar, amar a esposa, ser submissa ao marido.
Sejamos, pois, obedientes, pois Jesus também nos garantiu: “Vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando.” (Jo 15.14).

terça-feira, 9 de setembro de 2014


(Leia 2 Co 7.5-11)
ESTAR TRISTE NÃO É MOTIVO DE TANTA TRISTEZA

Dizem que há males que vêm para o bem. Eu ouvi há muito tempo uma história de sabedoria chinesa que, hoje pesquisando, descobri ter sido contada por Anshi Liu por volta de 206 a.C. – 23 d.C. ela relata um episódio na vida de um velho homem, criador de cavalos, que sempre questionava as situações em que era envolvido, dizendo em suas palavras que males poderiam vir para o bem e coisas aparentemente boas poderiam transformar-se em males. Seu cavalo fugiu, mas voltou acompanhado de um cavalo ainda melhor, que um dia acabou derrubando seu filho o qual quebrou a perna, mas que por causa disso deixou de ser convocado para uma guerra, onde poderia ter morrido como muitos outros jovens que haviam sido convocados.

A TRISTEZA, ÀS VEZES, PODE SER MOTIVO DE ALEGRIA

HÁ TRÊS TIPOS DE TRISTEZA QUE, PARA NÓS, PODEM SER MOTIVO DE ALEGRIA:

I - TRISTEZA QUE PRODUZ ESPERANÇA (2Co 7.5-7)

Deus usou a chegada de Tito, um jovem pastor, e na ocasião mensageiro entre Paulo e os coríntios, para que eles fossem consolados de todas as tribulações pelas quais passavam.

Em outro lugar (Rm 5.3,4) Paulo diz: “também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança.”

II - TRISTEZA QUE PRODUZ ARREPENDIMENTO (2Co 7.8-10)

Se nossa tristeza for por causa de pecado, ela pode nos levar ao arrependimento, requisito essencial para a salvação, que a ninguém traz pesar.
Pedro e Judas, apóstolos de Jesus, cometeram pecados semelhantes contra seu mestre, o pecado de traição. Ambos se entristeceram, mas a tristeza de Judas transformou-se em morte, enquanto a tristeza de Pedro, em vida. Pedro chorou amargamente, arrependido por ter negado Jesus três vezes, e como consequência de seu arrependimento, dedicou sua vida por amor do Senhor.

Hebreus 12:11 nos ensina que “Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça.”

III - TRISTEZA QUE PRODUZ REPARO (2 Co 7.11)

Há coisas erradas que fazemos na vida e que não podemos mais consertar, mas que alegria sentimos quando temos a oportunidade de repararmos um erro cometido!
Em Lucas 19.2-10 lemos a história de Zaqueu, um homem que teve a oportunidade de reparar seus erros (caso os tivesse cometido), pois ao conhecer Jesus, anunciou que daria metade de seus bens aos pobres e, se tivesse defraudado alguém, restituiria quatro vezes mais.

Se você está passando por um momento de tristeza, tenha esperança porque nosso Deus é um Deus que conforta os abatidos. Se a tristeza é por causa de algum pecado, confesse a Deus e abandone esse pecado, restituindo o que for possível restituir.
“Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação,” (2 Coríntios 4:17)

quarta-feira, 3 de setembro de 2014


“Acolhei-nos em vosso coração;” (leia 2Co 7.2-4)
Quando apelamos a alguém para que aceite a Cristo como Senhor e Salvador, normalmente usamos a metáfora de alguém que abre a porta de seu coração para Jesus entrar, ou seja: que se acolha o Senhor em seu coração, é o nosso apelo ao pecador que ainda não conhece a Cristo.
Paulo faz um apelo aos coríntios, para que eles o acolhessem em seu coração, e dá como base para este apelo três manifestações por meio das quais tem lidado com a Igreja dali. O Espírito Santo também, através de Paulo, está nos fazendo hoje este apelo:
“Acolhei-nos em vosso coração;” (2Co 7.2a)

A primeira manifestação que Paulo toma como base para o apelo é a manifestação de BENIGNIDADE, dom de Deus pelo qual uma pessoa só faz o bem aos que estão ao seu redor. Ele enfatiza: “a ninguém tratamos com injustiça, a ninguém corrompemos, a ninguém exploramos” (2Co 7.2b).
A manifestação de benignidade do apóstolo é segundo a natureza do próprio Deus que o separou para o ministério, pois “O SENHOR é misericordioso e compassivo; longânimo e assaz benigno” (Salmos 103.8).

A segunda manifestação citada por ele é a manifestação de APREÇO, quando afirma: “Não falo para vos condenar; porque já vos tenho dito que estais em nosso coração para, juntos, morrermos e vivermos” (2Co 7.3). Apreço manifestado primeiro pelo Pai nas palavras de Jesus quando diz, por exemplo, “Não temais, ó pequenino rebanho; porque vosso Pai se agradou em dar-vos o seu reino” (Lucas 12.32).

Em terceiro lugar, a base para o apelo de se acolher o apóstolo e seus colaboradores é a manifestação de ORGULHO que Paulo sentia ao ver que os coríntios estavam reagindo bem aos seus ensinamentos, de forma que até em meio a grande tribulação podia dizer que estava “transbordante de júbilo” (2Co 7.4). Paulo podia falar abertamente e com muita ousadia de seus pupilos aos outros, pois tinham aprendido e praticado a contento os seus ensinamentos. Deus manifestou de forma semelhante sua satisfação para com Jó, ao conversar com Satanás, “gabando-se” de que seu servo era irrepreensível tanto nas bênçãos quanto na tragédia (Jó 1.8; 2.3). Poderia o Senhor dizer o mesmo de nós? Não é confortante saber que Deus reconhece nossos esforços e, quando fazemos o que lhe agrada, podemos ser lembrados por ele como motivo de orgulho?

Que possamos atender a este apelo, e acolhermos o Senhor em nosso coração, pois ele tem-se manifestado a nós com BENIGNIDADE e APREÇO. Assim sejamos para ele motivo de ORGULHO, acolhendo-o em nosso coração, com gratidão e obediência aos seus mandamentos.