quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Oração, perseverança e fé (Atos 12. 1-24)


Quando eu era recém-convertido, logo aprendi na Escola Dominical que Deus sempre responde à nossa oração, mas a resposta pode ser: sim, não, ou espere. Ninguém citou um versículo para apoiar essa tese, mas aceitei porque faz sentido. Ao ler este parágrafo de Atos, porém, saltou aos meus olhos uma tese semelhante, ainda que tenha escolhido nomes diferentes para identificar os tipos de resposta. Entendi pelo texto bíblico que, na oração, Deus espera que tenhamos fé e perseverança. À nossa oração, Deus pode nos dar pelo menos três tipos de resposta.

I - Resposta Velada (1-6)

Por aquele tempo, mandou o rei Herodes prender alguns da igreja para os maltratar, fazendo passar a fio de espada a Tiago, irmão de João. Vendo ser isto agradável aos judeus, prosseguiu, prendendo também a Pedro. E eram os dias dos pães asmos. Tendo-o feito prender, lançou-o no cárcere, entregando-o a quatro escoltas de quatro soldados cada uma, para o guardarem, tencionando apresentá-lo ao povo depois da Páscoa. Pedro, pois, estava guardado no cárcere; mas havia oração incessante a Deus por parte da igreja a favor dele. Quando Herodes estava para apresentá-lo, naquela mesma noite, Pedro dormia entre dois soldados, acorrentado com duas cadeias, e sentinelas à porta guardavam o cárcere.

A igreja orava incessantemente por Pedro, quando ele foi preso por Herodes. Podemos deduzir disto que a igreja também orou pelos outros que foram presos anteriormente, inclusive por Tiago, que foi passado “ao fio da espada”. Veremos adiante que Deus tirou milagrosamente a Pedro do cárcere. Mas, e quanto a Tiago? Por que Deus não atendeu ao pedido da igreja e deixou que ele morresse? Bem, o fato é que Deus respondeu à oração, mas talvez não tenha sido do jeito que os irmãos esperavam. Digo que esse é um tipo de resposta velada de Deus, ou seja, uma resposta misteriosa, que não entendemos o motivo.

Embora não possamos entender plenamente o motivo, como dito acima, ainda assim podemos tentar. Tenho uma sugestão. No tempo de seu discipulado, os irmãos Tiago e João foram com sua mãe e fizeram uma “oração” a Jesus, onde a mãe “coruja” falou: “[...] Manda que, no teu reino, estes meus dois filhos se assentem, um à tua direita, e o outro à tua esquerda” (Mateus 20.21). Imagino Jesus balançando a cabeça ternamente, ao adverti-los: “Não sabeis o que pedis. Podeis vós beber o cálice que estou para beber?” E eles, certamente sem saber de que cálice Jesus falava, foram resolutos: “Podemos”. Ao que Jesus sentenciou: “Bebereis o meu cálice” (Mateus 20.22). Mas quis a misericórdia de Deus que, na hora do cálice mais amargo, outras personagens foram introduzidas para estar à direita e à esquerda de Jesus, pois “com ele crucificaram dois ladrões, um à sua direita, e outro à sua esquerda” (Marcos 15.27). A resposta de Deus à oração da igreja por Tiago, quado preso por Herodes, no entanto, pode estar ligada àquela antiga oração da família de Zebedeu pois, como sabemos, Tiago foi o primeiro mártir dentre os apóstolos (à esquerda de Jesus?) e João, seu irmão, segundo a tradição, foi o último (à direita de Jesus?).

João 21.23 Então, se tornou corrente entre os irmãos o dito de que aquele discípulo não morreria. Ora, Jesus não dissera que tal discípulo não morreria, mas: Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa?

Na igreja, em nossas orações, seguindo o exemplo de Jesus, costumamos acrescentar nos pedidos que o Senhor responda, se possível, de acordo com a nossa vontade, mas que a vontade de Deus prevaleça. Acredito que era assim também que a igreja primitiva orava. A vontade de Deus foi feita a respeito de Tiago, que acabou sendo passado “ao fio da espada”, portanto essa foi uma resposta velada de Deus, uma daquelas que não compreendemos o motivo.

II - Resposta Inesperada (7-17 )

Eis, porém, que sobreveio um anjo do Senhor, e uma luz iluminou a prisão; e, tocando ele o lado de Pedro, o despertou, dizendo: Levanta-te depressa! Então, as cadeias caíram-lhe das mãos. Disse-lhe o anjo: Cinge-te e calça as sandálias. E ele assim o fez. Disse-lhe mais: Põe a capa e segue-me. Então, saindo, o seguia, não sabendo que era real o que se fazia por meio do anjo; parecia-lhe, antes, uma visão. Depois de terem passado a primeira e a segunda sentinela, chegaram ao portão de ferro que dava para a cidade, o qual se lhes abriu automaticamente; e, saindo, enveredaram por uma rua, e logo adiante o anjo se apartou dele. Então, Pedro, caindo em si, disse: Agora, sei, verdadeiramente, que o Senhor enviou o seu anjo e me livrou da mão de Herodes e de toda a expectativa do povo judaico. Considerando ele a sua situação, resolveu ir à casa de Maria, mãe de João, cognominado Marcos, onde muitas pessoas estavam congregadas e oravam. Quando ele bateu ao postigo do portão, veio uma criada, chamada Rode, ver quem era; reconhecendo a voz de Pedro, tão alegre ficou, que nem o fez entrar, mas voltou correndo para anunciar que Pedro estava junto do portão. Eles lhe disseram: Estás louca. Ela, porém, persistia em afirmar que assim era. Então, disseram: É o seu anjo. Entretanto, Pedro continuava batendo; então, eles abriram, viram-no e ficaram atônitos. Ele, porém, fazendo-lhes sinal com a mão para que se calassem, contou-lhes como o Senhor o tirara da prisão e acrescentou: Anunciai isto a Tiago e aos irmãos. E, saindo, retirou-se para outro lugar.

Em seu livro “Oásis no Deserto” (p. 141), Jackson Garcia conta uma famosa história:

[…] havia vários meses que não chovia. O calor era intenso e mortes começaram a acontecer. Ele então convocou os irmãos para se reunirem em determinado lugar, com um único objetivo: Pedir a Deus que chovesse naquele mesmo dia. Compareceu quase toda a congregação. Quando se ajoelharam para orar, o Pastor perguntou: “Além de mim, alguém mais trouxe guarda-chuva?”

GARCIA, Jackson. Oásis no deserto: Alento para vidas sedentas. Joinville: Clube dos Autores, 2016.

Parece que, na casa de João Marcos, ninguém tinha levado o “guarda-chuvas” para o culto de oração. A Rode ficou desnorteada, os outros a chamaram de louca. Custaram acreditar que Deus lhes havia atendido a oração, de forma inesperada. O próprio Pedro, no começo, achou que tudo aquilo não passava de um sonho, uma visão.

Às vezes, Deus responde assim. Uma cura, um livramento, uma “luz no fim do túnel”. Quantas vezes já ouvimos, e quantas vezes ainda ouviremos, de púlpito, um pregador inflamado citar a grande promessa: “Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito” (João 15.7). Podemos esperar sim que, em algum momento, Deus nos responda inesperadamente e fiquemos eufóricos como a Rode ficou. Só tomemos o cuidado de não nos esquecermos, e de não omitirmos a condição explícita: “se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós...”.

III - Resposta Agendada (18-24)

Sendo já dia, houve não pouco alvoroço entre os soldados sobre o que teria acontecido a Pedro. Herodes, tendo-o procurado e não o achando, submetendo as sentinelas a inquérito, ordenou que fossem justiçadas. E, descendo da Judeia para Cesareia, Herodes passou ali algum tempo. Ora, havia séria divergência entre Herodes e os habitantes de Tiro e de Sidom; porém estes, de comum acordo, se apresentaram a ele e, depois de alcançar o favor de Blasto, camarista do rei, pediram reconciliação, porque a sua terra se abastecia do país do rei. Em dia designado, Herodes, vestido de trajo real, assentado no trono, dirigiu-lhes a palavra; e o povo clamava: É voz de um deus, e não de homem! No mesmo instante, um anjo do Senhor o feriu, por ele não haver dado glória a Deus; e, comido de vermes, expirou. Entretanto, a palavra do Senhor crescia e se multiplicava.

As respostas às orações da igreja não vieram todas ao mesmo tempo. Parece-nos, pelo texto indicado, que Deus agendou uma parte para cumprimento em futuro próximo. Eu me imagino naquele culto de oração, junto com Rode, Maria, João Marcos, e os demais discípulos. Uma das coisas que eu pediria a Deus era para não permitir mais que Herodes continuasse fazendo aquelas injustiças. Que o Senhor impedisse o rei cruel de maltratar assim a amada igreja. Eu tenho quase certeza de que alguém ali fez esse pedido. É plausível. A resposta de Deus, porém, veio do jeito e no tempo certo. Foi naquele “dia designado”. Quando Herodes estava em sua maior exaltação, “vestido de trajo real, assentado no trono”, requerido e bajulado. Ele não sabia, não acreditava, não esperava, mas a resposta de Deus à oração dos que ele oprimira já estava agendada.

Às vezes, Deus responde assim, como respondeu também a Daniel, que foi informado pelo anjo, em duas ocasiões, sendo uma no primeiro ano de Dario: “No princípio das tuas súplicas, saiu a ordem, e eu vim, para to declarar, porque és mui amado […]” (Daniel 9.23 ); e outra no terceiro ano de Ciro: “[…] Não temas, Daniel, porque, desde o primeiro dia em que aplicaste o coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, foram ouvidas as tuas palavras; e, por causa das tuas palavras, é que eu vim. Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu por vinte e um dias; [...]” (Daniel 10.12,13).

Em nossos tempos tecnológicos, em que estamos acostumados a obter quase tudo instantaneamente, não podemos nos esquecer de que Deus é longânimo, e quer ver em nós o fruto da longanimidade.

Conclusão

Na oração, Deus espera que tenhamos fé e perseverança. À nossa oração, Deus pode nos dar pelo menos estes três tipos de resposta, segundo o seu propósito. Podemos receber uma resposta Velada, uma resposta Inesperada, ou uma resposta Agendada, mas Deus responderá. “[...] Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?” (Lucas 18.8).

(*) Figura Perseverança na Oração:  disponível em http://www.aliancacrista.com/2016/08/15/perseveranca-na-oracao/ acesso em 15 fev. 2018.

domingo, 11 de fevereiro de 2018

Conflito de poderes (Atos 5.17-25)

Muitos falam, hoje em dia, sobre o perigo de haver uma crise entre poderes, no nosso país. Durante o processo de impeachment, em 2016, havia um presidente interino e uma presidente afastada. Grande parte das autoridades que julgavam a presidente eram também alvos de graves acusações. Nos vários processos em curso envolvendo políticos, observava-se que um juiz mandava prender, e outro mandava soltar; um juiz mandava bloquear bens e outro mandava desbloquear. Esses conflitos, porém, são considerados normais dentro de um país democrático. Há instâncias inferiores e instâncias superiores. Há delimitações na esfera de atuação entre os três poderes da república. Não haveria esses conflitos se hão houvesse democracia. Assim, podemos dizer que o conflito entre os poderes é como um “efeito colateral” da democracia. O texto indicado nos faz lembrar que Deus permitiu que os homens tivessem poderes espirituais, que muitas vezes geram conflito, mas também acabam contribuindo para o avanço do evangelho.


O poder da inveja (17,18)


“Levantando-se, porém, o sumo sacerdote e todos os que estavam com ele, isto é, a seita dos saduceus, tomaram-se de inveja, prenderam os apóstolos e os recolheram à prisão pública”.


 


O poder da inveja é muito grande para o mal. Tiago 3.16 diz que “onde há inveja e sentimento faccioso, aí há confusão e toda espécie de coisas ruins”. O poder da inveja é classificado como um dos mais nocivos em Provérbios 27.4: “Cruel é o furor, e impetuosa, a ira, mas quem pode resistir à inveja?”. Sabemos, por meio de Marcos 15.10 e Mateus 27.18, que foi por inveja que Cristo foi entregue a Pilatos para ser crucificado. 


Mas o poder da inveja pode ser revertido para o bem. Eclesiastes 4.4 diz que “todo trabalho e toda destreza em obras provêm da inveja do homem contra o seu próximo”. Já vi muitos automóveis com adesivos dizendo: “Não tenha inveja. Faça como eu: trabalhe”. A inveja acaba trazendo coisas boas se, por causa dela, os homens se tornam mais produtivos. Até mesmo quando se fala de evangelização, pois Paulo disse em Filipenses 1.15, que “alguns, efetivamente, proclamam a Cristo por inveja e porfia; (...)”;


Quando aconteceu a reforma protestante, a Igreja Católica foi abalada, e um dos resultados foi que ela se viu obrigada a apressar algumas reformas que já vinham sendo amadurecidas há décadas ou séculos antes. Nós podemos dizer, de certa forma, que a inveja do sucesso do movimento protestante levou a Igreja Católica a apressar sua própria reforma, e alguns historiadores chamam essa reação de “contrarreforma”. Um dos resultados mais significantes dessa reforma católica foi o surgimento da “Companhia de Jesus”, cujos membros eram chamados de Jesuítas. Para nós, brasileiros, isto é ainda mais relevante, pois foram os jesuítas os maiores responsáveis pela evangelização do Brasil, desde os primórdios do “descobrimento”. Lemos na Wikipédia que


“Desde 1549 chegara ao Brasil (Bahia) o primeiro grupo de seis missionários liderados por Manuel da Nóbrega, trazidos pelo governador-geral Tomé de Sousa. Certamente a maior obra jesuítica em terras brasileira consistiu na fundação de São Paulo de Piratininga em torno do seu famoso colégio, ponto de origem da expansão territorial e da colonização do interior do país. As missões jesuítas na América Latina foram controversas na Europa, especialmente na Espanha e em Portugal, onde eram vistas como interferência na ação dos reinos governantes. Os jesuítas opuseram-se várias vezes à escravidão indígena. Eles fundaram uma série de aldeamentos missionários - chamados missões ou misiones no sul do Brasil, ou ainda reducciones, no Paraguai - organizados de acordo com o ideal católico, que, mais tarde, acabaram sendo destruídos por espanhóis, e principalmente por portugueses, à cata de escravos”.


 


O poder da inveja dos sacerdotes e dos demais saduceus lançou os apóstolos na prisão, mas esse conflito somente atiçou mais ainda o desejo deles de continuar sua obra de evangelização e de promoção do Reio de Deus.


O poder da obediência (19-24)


Mas, de noite, um anjo do Senhor abriu as portas do cárcere e, conduzindo-os para fora, lhes disse: Ide e, apresentando-vos no templo, dizei ao povo todas as palavras desta Vida. Tendo ouvido isto, logo ao romper do dia, entraram no templo e ensinavam. Chegando, porém, o sumo sacerdote e os que com ele estavam, convocaram o Sinédrio e todo o senado dos filhos de Israel e mandaram buscá-los no cárcere. Mas os guardas, indo, não os acharam no cárcere; e, tendo voltado, relataram, dizendo: Achamos o cárcere fechado com toda a segurança e as sentinelas nos seus postos junto às portas; mas, abrindo-as, a ninguém encontramos dentro. Quando o capitão do templo e os principais sacerdotes ouviram estas informações, ficaram perplexos a respeito deles e do que viria a ser isto.


Um anjo foi enviado para resolver o problema que se formava na terra. Já imaginou se os anjos não obedecessem ao Senhor? E se os apóstolos não obedecessem? Eles podiam questionar: “Mas como eu vou pregar no templo, se as autoridades nos prenderam por causa disso”?


A obediência cega levou os jesuítas ao sucesso. Loyola, o fundador da Companhia de Jesus, disse: “Acredito que o branco que eu vejo é negro, se a hierarquia da igreja assim o tiver determinado”. Sua obediência era louvável, o problema é que estava direcionada a mortais falhos e potencialmente corruptos.


Às vezes, obedecer é difícil. Parece que a ordem não faz sentido. Acho que Filipe sentiu-se assim, quando Deus o mandou ir à estrada de Jerusalém a Gaza (Atos 8.26). O discípulo Ananias, mesmo sendo obediente, quando o Senhor lhe mandou ir visitar Saulo, respondeu: “Senhor, de muitos tenho ouvido a respeito desse homem, quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém” (Atos 9.13). Paulo e os companheiros provavelmente não entenderam porque o Espírito os impediu de pregar em Bitínia (Atos 16.7), mas atenderam prontamente quando entenderam que deviam partir para a Macedônia.


A obediência aos mandamentos de Deus e à fé em Jesus podem nos colocar em muitas situações de conflito, seja com autoridades, seja com familiares, com melhores amigos, com pessoas amadas, e até com nossos íntimos desejos, mas Jesus nos ensinou a orar ao Pai: “faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mateus 6.10). Ele mesmo, em grande conflito, no Monte das Oliveiras, orou ao Pai: “não se faça a minha vontade, e sim a tua” (Lucas 22.42).


 


O poder da vida (25)


Nesse ínterim, alguém chegou e lhes comunicou: Eis que os homens que recolhestes no cárcere, estão no templo ensinando o povo.


Os discípulos ainda estavam vivos. Foi inútil a tentativa dos sacerdotes, de intimidá-los. Libertados do cárcere, eram como brotos renascendo, provando a força recebida de sua raiz.


O poder da vida é dado por Deus, a princípio, sem distinção. Prova disso é que o mundo contemporâneo tem lutado para combater o terrorismo, mas parece que não consegue vencê-lo. Por mais que incrementem os aparatos de segurança, os atentados vão surgindo de onde menos se espera. O terrorismo trabalha para impor o medo, e tendo recebido, de Deus, o poder da vida, pretendem impor sua vontade pelo terror da morte.


A vontade de Deus, porém, é que a vida espiritual seja multiplicada por meio de sua palavra, como diz Isaías 55.10,11:


Porque, assim como descem a chuva e a neve dos céus e para lá não tornam, sem que primeiro reguem a terra, e a fecundem, e a façam brotar, para dar semente ao semeador e pão ao que come, assim será a palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a designei.


Enquanto tivessem o poder da vida, não haveria conflitos que impedissem os apóstolos de anunciarem a Palavra de Deus, conforme já haviam declarado Pedro e João: “[...] Julgai se é justo diante de Deus ouvir-vos antes a vós outros do que a Deus; pois nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos” (Atos 4.19,20).


Conclusão:


A inveja não é um bom guia, e a vida, sem orientação correta, pode nos dar forças para ofender o seu próprio Autor. Por isso, se pudéssemos mensurar esses três poderes, o maior seria o poder da obediência. Não a obediência cega, mas uma obediência iluminada pela Palavra de Deus. Assim orientados, caminharemos para o equilíbrio, em vez de conflito entre poderes.


Referências


Companhia de Jesus. Wikipédia. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia_de_Jesus. Acesso em: 28 jul. 2016.

 


Figura: Revolução Francesa. Disponível em: https://library.brown.edu/haitihistory/3.html. Acesso em: 11 fev. 2018.