Tal como acontece numa disputa política, dessas que estamos acostumados a presenciar nos parlamentos, neste parágrafo de Atos vemos que há um embate em que Deus estava agindo para fazer prevalecer a sua vontade, e as autoridades eclesiásticas e políticas vigentes não podiam fazer nada para conter o progresso do evangelho. Vejamos a seguir as fragilidades que tornavam impotentes os inimigos do evangelho.
Não podiam negar a manifestação do poder de Deus (15-17)
Eles mandaram os apóstolos, por um instante, saírem do sinédrio, para que pudessem consultar uns aos outros, dizendo: “Que faremos com estes homens? Pois, na verdade, é manifesto a todos os habitantes de Jerusalém que um sinal notório foi feito por eles, e não o podemos negar”. A única providência que podiam tomar para tentar impedir que houvesse maior divulgação entre o povo, era ameaçá-los para não falarem mais no nome de Jesus. Mas até mesmo ameaças não os impediriam, pois eles tinham diante de si “uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar” (Apocalipse 3.8).
Muitos sinais e prodígios foram feitos pelos apóstolos, autenticando sua pregação, mas era o “sinal do profeta Jonas”, a ressurreição de Jesus, o maior e mais evidente sinal que ecoaria pelos séculos vindouros nos “quatro cantos” do mundo.
Não podiam impedir testemunhas fiéis de falarem (18-20)
Chamando-os de volta ao sinédrio, ordenaram aos apóstolos que não falassem mais no nome de Jesus. Mas Pedro e João responderam: “Julgai se é justo diante de Deus ouvir-vos antes a vós outros do que a Deus”. Não era possível que eles deixassem de falar as coisas que viram e ouviram da parte de Jesus, o qual recebeu do Pai toda a autoridade, no céu e na terra, e lhes ordenou em Mateus 28.18-20 que fizessem discípulos de todas as nações. Conforme as palavras de Jesus em Lucas 19.40, se os discípulos se calassem, as próprias pedras clamariam. Mas não foi preciso incomodar as pedras, porque logo uma multidão inumerável de discípulos em todos os tempos seguiria o exemplo dos apóstolos, levando o evangelho aos povos distantes e em qualquer lugar onde houvesse oportunidade, inclusive nos exílios e nas prisões.
Não podiam castigar aqueles a quem Deus protegia (21-22)
Ameaçando-os novamente, os soltaram, pois não tinham como os castigar, uma vez que o povo glorificava a Deus pelo milagre que tinham feito naquele homem que fora coxo desde o nascimento, há mais de quarenta anos. Os apóstolos podiam dizer naquele dia que estavam descansando “à sombra do Onipotente”, nenhum mal lhes sucederia (Salmos 91.1, 10), e como Josué podiam ser fortes e corajosos, na medida em que obedeciam à ordem de Deus, que disse: “o SENHOR, teu Deus, é contigo por onde quer que andares” (Josué 1.9).
Com os inimigos fragilizados, a vontade de Deus prevaleceu
O Cristo Ressurreto foi divulgado e crido em todo o mundo. Uma igreja local, em algum momento, por algum motivo, pode não crescer, mas a Igreja de Deus tem crescido, e crescerá até quando Deus enviar Jesus para “colher os seus frutos”.
Segundo a interpretação dispensacionalista da escatologia, estamos na época da igreja morna, e Jesus está a ponto de vomitar-nos de sua boca. Nós que conhecemos a Palavra de Deus estamos sendo alertados para que não nos tornemos como a maioria. Não precisamos ser a igreja morna. Só depende de nós, pois a vontade de Deus, ele ainda vai fazer prevalecer com sinais, para que os inimigos não possam negar; com servos ousados no falar, para que os inimigos não possam impedir; com proteção, de forma que os inimigos não possam castigar. Eventualmente Deus vai permitir sim, que as evidências sejam negadas, que os cristãos sejam impedidos de falar, que sejam castigados, mas a regra geral é que Deus nos livrará do poder maligno se nós obedecermos à sua comissão e espalharmos o evangelho onde quer que andemos, pois essa é a vontade irresistível de Deus.
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