sexta-feira, 16 de junho de 2017

Jesus e sua autoridade (Atos 4.5-14)


Como se justifica a autoridade de Jesus? (5-7)


Pedro e João passaram a noite na prisão e, ao amanhecer, foram apresentados às autoridades, que os arguiram, perguntando com que autoridade haviam curado um coxo de nascença e pregavam no templo o arrependimento e a fé em Jesus Cristo ressuscitado.

A elite religiosa de Jerusalém estava preocupada. Sua hegemonia estava sendo desafiada por uma dupla de pregadores que realizava curas e pregava sem sua autorização. Pedro e João, por outro lado, não viam a necessidade de pedir licença aos anciãos, pois tinham recebido a ordem diretamente de Jesus, que da parte do Pai lhes enviara o Espírito Santo, que lhes dava poder e liberdade para proclamar o reino de Deus. Iniciou-se então um conflito de autoridades, e Pedro teve que defender, diante do sinédrio, o direito de autoridade do Senhor Jesus. Para convencê-los, ele apresenta pelo menos três justificativas:


Primeira justificativa: Deus o ressuscitou dentre os mortos (8-10)


Pedro, cheio do Espírito Santo, disse às autoridades do povo e aos anciãos que os estavam interrogando a propósito da cura de um enfermo, estendendo esse comunicado a todo o povo de Israel: “em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, a quem vós crucificastes, e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, sim, em seu nome é que este está curado perante vós”.

Jesus é apto para exercer sua autoridade porque Deus o ressuscitou dentre os mortos. Quando as autoridades do povo e os anciãos crucificaram Jesus, imaginavam que haviam encerrado o assunto, mas não, porque ele ressuscitou. Anulou o efeito da violência sofrida, não podia mais ser morto, vivia para sempre. O livro de Hebreus (7.23,24) faz o contraste entre a autoridade de mortais e a autoridade de Jesus, o qual vive para sempre: “Ora, aqueles são feitos sacerdotes em maior número, porque são impedidos pela morte de continuar; este, no entanto, porque continua para sempre, tem o seu sacerdócio imutável”.

Jesus estava vivo, e está vivo até hoje, e eternamente viverá. Portanto, tem o direito de ser o Senhor, pode falar com autoridade aos seus servos para que executem a sua vontade neste mundo.


Segunda justificativa: Deus o colocou como Pedra Angular (11)


Pedro continuou, se referindo a uma profecia do Antigo Testamento: “Este Jesus é pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular”.

Como Pedro, nós também podemos dizer que a autoridade de Jesus é justificada pelo fato de que ele é o fundamento do cristianismo, que conquistou o mundo com grande poder. A Igreja de hoje é a grande prova viva de que Jesus é a pedra angular assentada por Deus na construção do seu reino. Em Mateus 16.18 Jesus declarou: “[...] sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”. Desde então a igreja tem adentrado pelas portas do “inferno” no qual muitas vezes se configura este mundo, de forma que os princípios cristãos têm sido a base das sociedades que conseguiram se manter de pé, mesmo que ainda estejam grandemente contaminadas pela corrupção.
Sabemos que a Igreja não é o que devia ser, que também será julgada pelos critérios de Apocalipse capítulos 2 e 3, mas ainda é o corpo sob a autoridade de Cristo, que tem direito de reinar sobre ela e, consequentemente, sobre o mundo que foi por ela dominado.


Terceira justificativa: Deus o designou como único Salvador (12)


Pedro conclui: “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos”.

Jesus tem autoridade porque é o único Salvador. Deus o nomeou, e os homens estarão todos, um dia, diante de do Juiz que declarou: “E o Pai a ninguém julga, mas ao Filho confiou todo julgamento, [...] Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida” (João 5.22,24). Ele é o juiz que tem poder para condenar e para salvar, e consola o arrependido que nele crê, garantindo-lhe a vida eterna.


Contra as evidências não há argumentos (13,14)


As autoridades viram, na intrepidez de Pedro e João, um sinal de que haviam estado com Jesus, pois sabiam que eram homens iletrados e incultos. Nada podiam fazer contra eles, uma vez que o homem que fora curado estava ali para provar que haviam feito o bem.

E quanto a nós? Diante da certeza de que Jesus ressuscitou dentre os mortos, de que ele é a pedra fundamental da Igreja, e diante da declaração bíblica de que Jesus é o único Salvador, devemos nos curvar diante de sua autoridade, nos rendendo aos seus pés, declarando que ele é o nosso Senhor, e assim vivermos para fazer a sua vontade, não a nossa.

Um comentário:

  1. Muito boa a mensagem!! Muito edificante! Que o Senhor continue te dando sabedoria e iluminação de Seu Santo Espírito. Amém!!

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