sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Uma boa ocasião


(Leia Mc 14.1-11)

Nos momentos próximos à grande festa anual dos judeus, as pessoas esperavam uma boa oportunidade para por em prática seus propósitos, os quais amadureciam em seus corações. Nesta condição estavam os que eram contra e a favor de Jesus. Haviam os inimigos declarados e os velados. Os primeiros, representados pelos principais sacerdotes e escribas, os últimos, por Judas Iscariotes. Mas havia também quem o amasse de todo o seu coração, como aquela mulher que ungiu o Mestre com o seu precioso perfume. Estava chegando a hora da decisão, o momento em que cada um deveria tomar o seu partido, e declarar o que estava se passando em seu coração, a respeito do Filho de Deus. Nós estamos, aqui no Brasil, comemorando a grande festa do Natal. Da mesma forma que os corações foram provados naquela festa da Páscoa, nós também temos agora grandes oportunidades de colocarmos em prática os propósitos que estão amadurecendo em nossos corações. Neste texto nós podemos observar que as pessoas assumiram pelo menos quatro posicionamentos com relação à pessoa de Jesus Cristo.

Primeiro posicionamento: INIMIZADE DECLARADA (1,2)

“Dali a dois dias, era a Páscoa e a Festa dos Pães Asmos; e os principais sacerdotes e os escribas procuravam como o prenderiam, à traição, e o matariam. Pois diziam: Não durante a festa, para que não haja tumulto entre o povo.”

Os principais sacerdotes e escribas assumiram que Jesus era seu inimigo, e precisava morrer. Eles queriam matá-lo, porém, de uma maneira que não fizesse alarde, que não se criasse tumulto. Hoje em dia há pessoas que são abertamente contra o cristianismo. Na escola e nos concursos públicos podemos notar, nas questões de provas (excelente oportunidade para ensinar), um tempero de tendências ideológicas. Sobre a última prova do ENEM, lemos um artigo que diz o seguinte: "Uma das perguntas abordadas na prova foi a questão das reformas econômicas na China e seu efeito “negativo” sobre o processo de extinção gradual das classes sociais no país, que é uma das metas do comunismo” (Luís Fernando Novaes, Epoch Times, disponível em: https://www.epochtimes.com.br/enem-2015-esquece-65-milhoes-de-mortes-causadas-comunismo-chines/#.VnGQpqOfXcc – Acesso Em: 16/12/2015). Não é segredo que o comunismo é contrário ao cristianismo e também a outros tipos de religião. Nosso país tem uma lei chamada laica, que dá direito a todos de terem sua religião preferida, e também de não terem religião. Você, meu amigo, o que pensa? Qual o seu posicionamento com relação a Jesus? Pode ser de inimizade declarada, pois o nosso país o permite, e Deus também nos dá esta liberdade.

Segundo Posicionamento: ATITUDE CRÍTICA (3-9)

“Estando ele em Betânia, reclinado à mesa, em casa de Simão, o leproso, veio uma mulher trazendo um vaso de alabastro com preciosíssimo perfume de nardo puro; e, quebrando o alabastro, derramou o bálsamo sobre a cabeça de Jesus. Indignaram-se alguns entre si e diziam: Para que este desperdício de bálsamo? Porque este perfume poderia ser vendido por mais de trezentos denários e dar-se aos pobres. E murmuravam contra ela. Mas Jesus disse: Deixai-a; por que a molestais? Ela praticou boa ação para comigo. Porque os pobres, sempre os tendes convosco e, quando quiserdes, podeis fazer-lhes bem, mas a mim nem sempre me tendes. Ela fez o que pôde: antecipou-se a ungir-me para a sepultura. Em verdade vos digo: onde for pregado em todo o mundo o evangelho, será também contado o que ela fez, para memória sua.”

Uma mulher tomou a decisão de usar um precioso perfume, caríssimo, derramando-o sobre Jesus, para mostrar seu amor pelo Mestre. Por causa desta ação, ela foi criticada e hostilizada pelas testemunhas presentes. Jesus a defendeu e disse que sua demonstração de amor seria lembrada em todo o mundo. Esta profecia se cumpriu e inclusive nós, a quem também foi pregado o evangelho, hoje conhecemos bem a sua história. Muitos criticam os cristãos, dizendo que pregam, mas não praticam, e coisas deste tipo. Criticam, por exemplo, o fato de se reunirem e cantar louvores, e adorarem, enquanto muitos estão necessitados do lado de fora, morrendo de fome ou sendo oprimidos. Acham que deveriam participar mais da política, e praticar mais as boas obras. Talvez estejam parcialmente certos. Mas por que deveríamos deixar de praticar, semanalmente, com prazer, nossa adoração a Deus? São poucas horas que gastamos durante a semana para irmos à Igreja, adorarmos e aprendermos a Palavra. Temos todo o resto do tempo para praticarmos boas obras e evangelizar. Será que o amigo tem também este posicionamento crítico com relação a Cristo e seus adoradores?

Terceiro posicionamento: APOSTASIA (QUEBRA DE CONTRATO) (10,11)

“E Judas Iscariotes, um dos doze, foi ter com os principais sacerdotes, para lhes entregar Jesus. Eles, ouvindo-o, alegraram-se e lhe prometeram dinheiro; nesse meio tempo, buscava ele uma boa ocasião para o entregar.”

Judas Iscariotes era um dos doze. Andava lado a lado com o Mestre, aprendia e seguia seus passos, desde o dia em que, voluntariamente, decidiu ser um discípulo. Mas agora o seu coração estava mudado. Estava somente esperando uma boa ocasião para trair Jesus. Nós também podemos nos comparar com Judas, quando de noite, numa hora e lugar em que ninguém está olhando, achamos "boas ocasiões" para trair Jesus, para “quebrar” o nosso “contrato” de obediência, firmado com Deus, espontaneamente, em algum momento de nossas vidas. Talvez alguém que esteja lendo este texto está amadurecendo em seu coração um propósito semelhante. Satanás já colocou em seu coração a decisão de pecar. O maior obstáculo para que este plano seja colocado em prática são as pessoas ao redor, por isso só espera que apareça uma boa oportunidade, uma boa desculpa, um “empurrãozinho”. Pode não ser tão claro para alguns, mas este tipo de traição acontece com muita frequência na igreja. Quantas vezes temos ouvido histórias de alguém que deixou de vir à igreja porque alguém disse alguma coisa que o ofendeu, porque sentiu um clima de falsidade no ar, porque sente que o outro irmão não lhe quer bem. Quantos estão esperando “a gota d’água” para abandonar seu cônjuge, para sair de casa, para quebrar acordos. Talvez não tenhamos chegado ainda ao ponto de querermos romper nosso contrato com Deus, mas queremos modificar algumas cláusulas. Assumimos alguns compromissos, mas agora nos arrependemos. Deus permita que não seja assim com nenhum de nós! Que sigamos até o fim o nosso compromisso de fé. No decorrer do cumprimento do nosso contrato com Deus, também passaremos por fases ruins, que podem ser curtas ou extremamente longas, do nosso ponto de vista, mas devemos estar conscientes de que Deus é fiel, poderoso e bondoso, e que Satanás quer manchar esta relação que temos com Deus, lançando dúvidas, semeando propósitos, minando nossa fé, até que ele atinja o seu alvo de nos afastar completamente do bom caminho.

Quarto Posicionamento: AMOR INCONDICIONAL (3-9)

“Estando ele em Betânia, reclinado à mesa, em casa de Simão, o leproso, veio uma mulher trazendo um vaso de alabastro com preciosíssimo perfume de nardo puro; e, quebrando o alabastro, derramou o bálsamo sobre a cabeça de Jesus. Indignaram-se alguns entre si e diziam: Para que este desperdício de bálsamo? Porque este perfume poderia ser vendido por mais de trezentos denários e dar-se aos pobres. E murmuravam contra ela. Mas Jesus disse: Deixai-a; por que a molestais? Ela praticou boa ação para comigo. Porque os pobres, sempre os tendes convosco e, quando quiserdes, podeis fazer-lhes bem, mas a mim nem sempre me tendes. Ela fez o que pôde: antecipou-se a ungir-me para a sepultura. Em verdade vos digo: onde for pregado em todo o mundo o evangelho, será também contado o que ela fez, para memória sua.”

Muito se fala entre os crentes do amor incondicional de Deus para com o pecador, que não há nada que possamos fazer para Deus nos amar mais, ou menos, pois ele nos ama de forma perfeita. Não entendamos errado, pois o que fazemos ou deixamos de fazer importa muito a Deus. Ele nos dará galardão ou castigo de acordo com nossas ações. Mas existe também o amor “incondicional” do crente que é resoluto em amar e obedecer a Deus, não importando as circunstâncias. É claro que “incondicional” é modo de dizer, pois nós só amamos a Deus porque ele nos amou primeiro (1Jo 4.19). Mas nós podemos desenvolver por Jesus um amor abnegado, como o daquela mulher de Betânia, como o de Sadraque, Mesaque e Abede-nego, que foram resolutos em honrar a Deus, independentemente das consequências (Dn 3.16-18). É assim que, na Igreja, nos esforçamos em cantar juntos e bem alto os cânticos de louvor, que damos o melhor de nossa atenção durante o culto, que procuramos dormir bem na noite anterior, para irmos bem dispostos à Escola Dominical, que anotamos os estudos, que fazemos um bom planejamento para chegarmos na hora certa, que procuramos evangelizar e fazer boas obras. Coisas que agradam Jesus.

E então? Qual será o seu posicionamento para com Jesus, especialmente nesta boa ocasião do Natal?

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