quinta-feira, 10 de dezembro de 2015
Vigilância e sobriedade
"Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já os seus ramos se renovam, e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão. Assim, também vós: quando virdes acontecer estas coisas, sabei que está próximo, às portas. Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça. Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão."
"Mas a respeito daquele dia ou da hora ninguém sabe; nem os anjos no céu, nem o Filho, senão o Pai. Estai de sobreaviso, vigiai e orai; porque não sabeis quando será o tempo. É como um homem que, ausentando-se do país, deixa a sua casa, dá autoridade aos seus servos, a cada um a sua obrigação, e ao porteiro ordena que vigie. Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o dono da casa: se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã; para que, vindo ele inesperadamente, não vos ache dormindo. O que, porém, vos digo, digo a todos: vigiai!" (Mc 13.28-37)
Após Jesus falar sobre os acontecimentos precedentes à sua vinda, ele enfatiza que o tempo está próximo, embora ninguém saiba quando será exatamente o dia de sua volta. Por isto mesmo exorta, com insistência, para que sejamos vigilantes, para que cuidemos de nossas obrigações, para que estejamos em constante oração.
Nossa atitude deve ser a de servos que esperam o seu Senhor. Quem crê em suas palavras e obedece às suas ordens, não será pego de surpresa. Mas os que não creem e não obedecem, presumem que o Senhor tardará, ou nem voltará. Vivem sua vida procurando as coisas boas e agradáveis. Festas e diversões parecem ser o motivo de sua vida. Sua fonte de prazeres é tão abundante que a sensação é a de que nunca vai secar. Por isto não se preparam, nem querem ser incomodados com lições de moral.
O mundo se preocupa com festas, e suas festas parecem não ter limites. O crente, mesmo em suas festas, preocupa-se em como agradar a Deus. Na festa de casamento de um amigo crente, seu pai veio falar comigo em duas ocasiões. Numa delas, desculpou-se por estar servindo bebidas alcoólicas, pois eram para os amigos e familiares que já estavam acostumados a beber. Ressaltou que havia outras alternativas para os que não bebem álcool. Na outra ocasião, perguntou se eu achava errado o fato de as pessoas estarem dançando, se aquilo era pecado, ou se não faziam isto por maldade. Este homem, que nem é crente, estava vigilante. A festa do casamento de seu filho, para ele, não era só alegria sem limites.
Há muitas coisas, na vida, nas quais achamos prazer, e sabemos muito bem nos dedicar àquilo de que gostamos. O trabalho, por exemplo, que para muitos é um fardo, para outros pode ser fonte de grande prazer. Há pessoas que amam tanto o seu trabalho, que se dedicam tanto a ele, que acabam abandonando as outras coisas igualmente importantes. Abandonam os amigos, a família, abandonam a Deus. A Bíblia nos adverte para estas questões. Por isto, sejamos atentos, e nunca distraídos.
O evangelho de Lucas (21.34-36), com mais detalhes, nos alerta para nos guardarmos, para que nunca aconteça que fiquemos sobrecarregados com as “consequências da orgia, da embriaguez e das preocupações deste mundo”, e para que aquele dia não venha sobre nós repentinamente, como se fosse uma armadilha.
O livro de Apocalipse começa e termina nos advertindo a respeito da proximidade das coisas nele escritas. Apocalipse 1.3 diz: “Bem-aventurados aqueles que leem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo”; e Apocalipse 22.10 diz: “Não seles as palavras da profecia deste livro, porque o tempo está próximo”.
Existem ainda outros motivos para que estejamos sempre vigilantes. Somos advertidos, por exemplo, em 1 Pedro 5.8: “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar”. Jesus pede, no jardim do Getsêmani, aos seus discípulos: “A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo” (Mateus 26.38). Pouco depois, no mesmo lugar, ele aconselha: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Mateus 26.41).
O apóstolo Paulo também falava bastante sobre a necessidade de sermos vigilantes. Em 1 Coríntios 16.13 ele diz: “Sede vigilantes, permanecei firmes na fé, portai-vos varonilmente, fortalecei-vos.” Em Colossenses 4.2 ele exorta: “Perseverai na oração, vigiando com ações de graças”. Ele associou, ainda, a importância da sobriedade e vigilância com a iminência da vinda do Senhor, em 1 Tessalonicenses 5.1-8, que diz:
“Irmãos, relativamente aos tempos e às épocas, não há necessidade de que eu vos escreva; pois vós mesmos estais inteirados com precisão de que o Dia do Senhor vem como ladrão de noite. Quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vêm as dores de parto à que está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão. Mas vós, irmãos, não estais em trevas, para que esse Dia como ladrão vos apanhe de surpresa; porquanto vós todos sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite, nem das trevas. Assim, pois, não durmamos como os demais; pelo contrário, vigiemos e sejamos sóbrios. Ora, os que dormem de noite, e os que se embriagam é de noite que se embriagam. Nós, porém, que somos do dia, sejamos sóbrios, revestindo-nos da couraça da fé e do amor e tomando como capacete a esperança da salvação”.
O Senhor Jesus não está presente agora, a não ser pelo seu Espírito, que está conosco. Mas ele disse que ia voltar. Não nos informou o dia nem a hora, ele virá de surpresa. Ele nos deixou obrigações, sendo a principal delas, ir por todo o mundo e pregar o evangelho a toda criatura (Marcos 16.15), e fazer discípulos de todas as nações (Mateus 28.19). Se ele voltar agora, vai nos encontrar nesta prática? Nem todos nós podemos ir aos "campos de batalha", mas podemos orar e contribuir para enviar missionários. Somos testemunhas de Jesus, tanto em “Jerusalém, como em toda Judéia e Samaria, e até os confins da terra” (Atos 1.8).
O Senhor nos dê sabedoria para colocarmos em prática o conceito de vigiar e orar, e nos certifiquemos de que estamos cumprindo nossas obrigações, até o dia da volta de nosso Senhor Jesus Cristo.
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