quinta-feira, 16 de julho de 2015

A Oração Aprovada por Deus


(Leia Mc 7.24-30)

O Senhor é bom o tempo todo, e todo o tempo Deus é bom. Esta é uma frase que foi exaustivamente falada no filme "Deus não está morto". É verdade que Deus é bom, e quer nos dar sempre o melhor. Mas não podemos achar que ele nos dará tudo o que pedirmos, sem exigir nada de nossa parte. Precisamos agradá-lo, cumprir os seus mandamentos, entregarmos a nossa vida a ele. Neste texto, nós notamos que a mulher siro-fenícia recebeu a resposta favorável à sua oração, mas precisou passar por, pelo menos, três testes:

Primeiro teste: Persistência (24-25)

Jesus partiu para as terras de Tiro e Sidom, entrou numa casa, e não queria que ninguém o soubesse; no entanto, não pôde ocultar-se, porque uma mulher, cuja filhinha estava possessa de espírito imundo, tendo ouvido a respeito dele, veio e prostrou-se-lhe aos pés.

Em Lc 18.1-8, Jesus ensinou a respeito de oração, contando uma parábola, cujo assunto era o dever de orar sempre e nunca esmorecer. Um juiz que não temia a Deus, nem respeitava homem algum, foi incomodado por uma viúva que vinha ter com ele, dizendo: Julga a minha causa contra o meu adversário. "Ele, por algum tempo, não a quis atender; mas, depois, disse consigo: Bem que eu não temo a Deus, nem respeito a homem algum; todavia, como esta viúva me importuna, julgarei a sua causa, para não suceder que, por fim, venha a molestar-me." Logo depois de contar a parábola, Jesus faz a aplicação: " Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que a ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em defendê-los? Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?"

Quase tudo na vida se conquista através da persistência. Conheço um pastor que tem um lema: "não desista"; e outro, que também tem o seu lema: "continue continuando". Há muitas histórias de sucesso que só foram possíveis por causa da persistência. Basta ler biografias de grandes empresários para constatar.

Temos que fazer a nossa parte, persistir, não desistir daquilo que queremos, mas há coisas que só Deus pode nos dar. Para estas coisas, o caminho é persistir na oração.

Segundo teste: Humildade (26-28)

A mulher era grega, de origem siro-fenícia, e rogava-lhe que expelisse de sua filha o demônio. Jesus lhe disse: Deixa primeiro que se fartem os filhos, porque não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos. Ela, porém, lhe respondeu: Sim, Senhor; mas os cachorrinhos, debaixo da mesa, comem das migalhas das crianças.

A mulher aceitou a humilhação pela qual teve que passar, reconhecendo que não era filha do povo da promessa, Israel. Ela não era digna de receber a graça pedida, mas pediu, estando disposta a se contentar, até mesmo, com migalhas.

Em Lc 18.9-14, Jesus continua ensinando sobre oração, falando para alguns que confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam os outros: "Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho. O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador!" O publicano desceu justificado para sua casa, e não o fariseu, porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado.

Para sermos salvos, precisamos reconhecer, em primeiro lugar, que somos pecadores. Que não merecemos a graça de Deus. Que, se Deus nos salvar, será puramente por causa da sua graça e misericórdia, e jamais por nossas obras. Isto vale também para as outras resposta de oração, que fazemos ao longo de nossa vida.

Paulo ensinou que os judeus também, embora sejam um povo escolhido por Deus, não podem alegar nenhuma vantagem (Rm 2.17-29).

Por isto, quando chegarmos ao trono de Deus para pedir, precisamos nos humilhar, precisamos reconhecer nossa origem, e reconhecer que ele não tem nenhuma obrigação de nos atender. Deus não nos deve nada.

Terceiro teste: Testemunho (29-30)

Jesus, então, lhe disse: Por causa desta palavra, podes ir; o demônio já saiu de tua filha. Voltando ela para casa, achou a menina sobre a cama, pois o demônio a deixara.

Num parágrafo anterior de Marcos, nós lemos a história da mulher que tinha o fluxo de sangue, e vimos como Jesus fez questão de que ela desse o testemunho público da sua cura.

Se Deus vai nos atender, não é para a nossa glória, mas para a glória dele. Devemos dar a ele toda a glória que lhe é devida, antes e depois de termos a oração respondida. Foi por causa do testemunho, que aquela mulher recebeu a resposta, e sua filhinha foi finalmente curada. Deus fez isto por amor a ela, mas fez também para a sua própria glória. Em Isaías 48.11, num contexto em que Deus revela sua decisão de não exterminar totalmente a nação de Israel, apesar da sua apostasia, ele diz o motivo: "Por amor de mim, por amor de mim, é que faço isto; porque como seria profanado o meu nome? A minha glória, não a dou a outrem."

Será que estamos passando nos testes da oração? Possamos nós persistir, conforme a vontade de Deus, humilharmo-nos diante do trono da graça, pois é a nossa única esperança. E demos a palavra de testemunho, antes e depois de termos nossas orações respondidas. Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo!

Arildo Louzano da Silveira
São José do Rio Preto, junho de 2015

Se gostou deste artigo e deseja ler outros semelhantes, há muito mais neste Blog.
Você também pode adquirir livros como "A Igreja em Expansão (Atos 6-14)" em um dos links abaixo:

https://amzn.to/3mNu7vL (Livro impresso)


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Gostou do serviço? Não!!!? Poste seu comentário, queremos melhorar.