sexta-feira, 25 de setembro de 2015

O Reino de Deus e as Crianças


Mc 10.13-16

"Então, lhe trouxeram algumas crianças para que as tocasse, mas os discípulos os repreendiam. Jesus, porém, vendo isto, indignou-se e disse-lhes: Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus. Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele. Então, tomando-as nos braços e impondo-lhes as mãos, as abençoava."

Ao estudar este texto, me vieram à mente duas perguntas, para as quais não achei uma resposta direta e definitiva.

I - O QUE É O REINO DE DEUS

No livro de Marcos, mesmo, temos muitas informações sobre o assunto:

Marcos 1:15 O Reino de Deus está próximo e isto exige de nós arrependimento;
Marcos 4:11 O Reino de Deus é misterioso, por isso precisamos aprender mais e mais sobre ele;
Marcos 4:26,27 O Reino de Deus é como uma semente que cresce sem que saibamos como. Por isto precisamos semear com esperança;
Marcos 4:30 O Reino de Deus cresce de maneira irregular, e outros que não são filhos do reino tiram proveito dele;
Marcos 9:1 O Reino de Deus se manifestará com poder; Veremos a sua glória no tempo devido;
Marcos 9:47 É preciso ser puro para entrar no Reino de Deus;
Marcos 10:23-25 É muito difícil entrar no Reino de Deus;
Marcos 12:34 É possível estar perto do Reino de Deus, sem, contudo, estar nele;
Marcos 14:25 Jesus vai cear com os discípulos no Reino de Deus vindouro; Que nós possamos estar entre estes discípulos!
Marcos 15:43 O Reino de Deus é algo que se espera; José de Arimatéia era rico e ilustre membro do sinédrio que condenou Jesus (certamente deu voto contrário), mas provavelmente entrou no Reino de Deus.

Estas informações não nos dão uma resposta direta e definitiva sobre o que é o Reino de Deus, mas nos fazem entender o quanto é importante buscarmos fazer parte dele

II - O QUE É SER COMO CRIANÇA

Do próprio parágrafo podemos extrair pelo menos três características das crianças que estão relacionadas à sua entrada no Reino de Deus:

1 - São relativamente incapazes ("então lhe trouxeram algumas crianças"). Elas não vêm por conta própria. Temos que trazer as pessoas que, mesmo se considerando adultas, não sabem vir sozinhas, e não sabem que precisam da salvação. Por isso é que às vezes fazemos programações especiais para atrair estas “crianças” à Igreja porque, de outra forma, não viriam. Nos esforçamos para trazê-las, dando carona, indo chamar.

2 - São embaraçadas ("deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis"). Quando tomam a decisão de vir, muitos as repreendem, colocam obstáculos para atrapalhar. É o trabalho do inimigo para impedir que elas se convertam. Precisamos orar por elas, insistir, argumentar, e se estiver ao nosso alcance, repreender quem as repreende.

3 - Crianças se deixam levar, não resistem muito ("então, tomando-as nos braços..."). Isto pode ser bom ou ruim, dependendo de quem conduz as crianças. Precisamos ser como crianças para aceitarmos o ensino e a direção dos mestres da Igreja. Não podemos ser recalcitrantes. Se adotamos uma Igreja, é porque confiamos que ali se ensina os preceitos bíblicos de maneira correta. Tendo, então, assumido o compromisso de servimos a Deus nesta Igreja, devemos ser submissos e andarmos nos caminhos que os mestres estão apontando. Nem sempre isto vai ser fácil. Às vezes isto exigirá de nós que deixemos de lado algumas convicções e sigamos na direção que todos estão caminhando, sem sermos rebeldes. Por outro lado, não devemos ser ingênuos, devemos equilibrar a submissão e a resistência, como diz 1Coríntios 14.20 “Irmãos, não sejais meninos no juízo; na malícia, sim, sede crianças; quanto ao juízo, sede homens amadurecidos.”

Será que já fazemos parte do Reino de Deus? Vamos buscá-lo em primeiro lugar na vida (Mt 6.33).

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