quinta-feira, 28 de maio de 2015


“Otimizando Recursos”

(Leia Mc 4.21-34)

Se recebermos a Palavra de Deus como se recebe uma semente em um solo fértil, vamos frutificar. O fruto pode ser a “trinta, a sessenta e a cem por um.” Se quisermos frutificar a cem, precisamos otimizar nossos recursos. Este texto nos faz pensar em pelo menos três virtudes que, cultivadas, podem nos fazer frutificar mais para Cristo.

Primeira virtude: Zelo em Manifestar a Palavra (21-25)

A candeia, que em outros textos também representa a Palavra de Deus, não pode ficar escondida. Para um empresário, como o Sr. Luis Norberto Paschoal “a nossa responsabilidade é do tamanho do nosso privilégio. O sucesso traz privilégio, e o privilégio traz responsabilidade” (¹). Luís é, reconhecidamente, um dos maiores articuladores e investidores pela melhoria da educação no Brasil. Sendo ou não empreendedores segundo este mundo, nós, que temos ouvido e crido em Cristo, temos um grande privilégio, mas também uma grande responsabilidade: fazer brilhar a luz do evangelho onde quer que estivermos. Seremos “medidos” (examinados) em tempo oportuno, para provar se cumprimos com zelo esta nossa missão.

Segunda virtude: Confiança no Poder Regenerador da Palavra (26-32)

Quando um homem lança semente à terra, não precisa ficar vigiando. Pode dormir e se levantar, ter sua vida normal, pois a semente germinará e crescerá por si mesma. Quando o fruto estiver maduro, então haverá a ceifa. O Reino de Deus é como um pequenino grão que cresceu e formou grandes ramos, a ponto de até as aves do céu (os filhos do maligno?) poderem aninhar-se à sua sombra. Robinson Monteiro, cantor, diz que “para vencer, é preciso acreditar, confiar, confiar, e jamais desistir. Maior que o querer é lutar e vencer” (²). Em 2001, ele lançou o CD “Anjo”, que lhe rendeu mais de 100 mil cópias vendidas na primeira semana. Nós, talvez, nunca vendamos um CD sequer, mas, se acreditarmos no Poder Regenerador da Palavra, semearemos com abundância, para colhermos recompensas celestiais.

Terceira virtude: Habilidade no Ensinar da Palavra (33,34)

Jesus ensinava com muitas parábolas, conforme a capacidade dos ouvintes. Depois, explicava em particular aos seus próprios discípulos. Ele tinha um método eficaz para filtrar sua mensagem, de modo a alcançar seu “público-alvo”. Podemos imitar nosso Senhor e nos esmerarmos para podermos ensinar aquilo que temos aprendido. A professora Dra. Regina Tancredi (2012), falando sobre o ensino da matemática para crianças, afirma que “somente alguém com conhecimento, disponibilidade para o outro e vontade pode conduzir sua atividade profissional nesse espaço. (...) O professor pode interferir (...) quando a observação cuidadosa de cada criança e cada contexto lhe der elementos ou oportunidade” (³). Mesmo sem a pretensão de sermos professores, podemos ensinar crianças ou adultos a guardarem todas as coisas que Jesus nos tem ordenado.

Se quisermos dar muitos frutos àquele que nos resgatou e nos comissionou, precisamos cultivar pelo menos estas três virtudes, para, com zelo, fé e habilidade, promovermos o Reino de Deus na terra.

Fontes consultadas:

(1) https://endeavor.org.br/a-nossa-responsabilidade-e-do-tamanho-do-nosso-privilegio/
Acesso em: 27/05/2015

(2) http://www.letras.com.br/#!robinson-monteiro/e-preciso-acreditar
Acesso em: 27/05/2015

(3) Revista Eletrônica de Educação, v. 6, n. 1, mai, 2012, Ensaios, ISSN 1982-7199. Programa de Pós-Graduação em Educação. Pag. 297.
Disponível em: http://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/316.
Acesso em: 27/05/2015

terça-feira, 26 de maio de 2015


“Frutos”

(Leia Mc 4.1-20)

Jesus veio e semeou a palavra de Deus, esperando que ela desse fruto. Mas a semente caiu em solos diversos, e alguns não produziram o fruto desejado. Atitudes negativas anulam o efeito da Palavra de Deus e podem impedir que ela produza em nós os devidos frutos. Neste texto podemos ver que há pelo menos três atitudes negativas que impedem a Palavra de frutificar em nossas vidas:


Primeira atitude negativa: Permanecer junto ao caminho (4,11-15)

Quem está à beira, ou junto ao caminho, é uma pessoa que tem pressa, como quem anda numa avenida. Tem o coração endurecido, como o chão batido ou pavimentado de uma estrada. A semente da Palavra de Deus não tem chance de entrar neste solo, permanecendo na superfície e facilmente arrebatada pelas “aves”, que aqui representam Satanás. São pessoas que nunca vão se arrepender, porque Deus permitiu o endurecimento de seu coração, uma vez que não o buscaram nem o glorificaram. Estes podem representar os que pecaram o “pecado imperdoável” de não darem crédito ao Espírito Santo que lhes fala sobre “o pecado, a justiça e o juízo” (Jo 16.8).

Segunda atitude negativa: Tratar a Palavra com superficialidade (5,6,16,17)

Não aprofundar as raízes é como receber um documento importante, lê-lo superficialmente e deixá-lo de lado, desviando a atenção para algo “mais interessante”. Quando estudamos uma matéria nova na escola, os professores geralmente nos dão um exercício de fixação, para que o ensino seja bem firmado em nossas mentes. Precisamos guardar a palavra no coração para não pecar. (Salmos 119:11) “Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti.” A Palavra de Deus é como uma lanterna que precisamos ter sempre à mão, para andarmos na escuridão do mundo (2 Pedro 1:19) “Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração,”
Um solo rochoso, sem profundidade, é como alguém que fica firme quando está tudo bem, mas quando as coisas ficam difíceis, deixam de lado o compromisso com Cristo.

Terceira atitude negativa: Permitir que os espinhos a sufoquem (7,19)

É fácil para nós ficarmos fascinados com um celular novo, um carro novo, tecnologias novas, com a possibilidade de adquirir e desfrutar de riquezas. Vivemos em um tempo rico em entretenimento. Antigamente tínhamos poucos canais de televisão, que funcionavam a partir das 11 da manhã e encerrava suas atividades por volta das 22 horas. Hoje, Podemos ficar 24 horas por dia somente nos entretendo com TV e Internet, em academias e bares noturnos, e isto facilmente apagaria o Espírito em nossas vidas.

Os versículos 8,9 e 20 falam da semente que caiu em boa terra. Este solo, sim, produz fruto, como deveria.

sábado, 23 de maio de 2015


“Intimidade”

(Leia Mc 3.31-35)

Queremos nos aproximar de pessoas poderosas. Tiramos “selfies”, agradamos, elogiamos celebridades. Quem não gostaria de ter nascido numa família influente e poderosa? Para quem não nasceu em berço de ouro, mas é solteiro ou viúvo, ainda há esperança, pois, por afinidade, pode entrar numa boa família. Quem crê em Jesus, entretanto, não gostaria de ser tão íntimo dele, como se fosse seu irmão, irmã ou mãe? Não sabe da importância de estar perto dele, de ser tão intimo que confia que há de receber seu favor, que há de ser atendido? Ele tem poder ilimitado para curar, para livrar dos perigos deste mundo, para resolver tudo o que nos causa ansiedade. Mas para ser assim tão próximo do Salvador, é preciso atender a alguns requisitos:

Primeiro requisito: Não podemos ficar do lado de fora (31)

A mãe e os irmãos de Jesus não entraram na casa, mas mandaram chamá-lo do lado de fora. Figuradamente, eu comparo esta atitude com a de alguém que professa ser cristão, mas não frequenta regularmente a Igreja. Fica do lado de fora. Há pessoas que não vão à Igreja porque se sentem auto-suficientes. Outras, apesar de não irem, vivem pedindo atenção para seus sofrimentos. É inconcebível pensar num cristão que, podendo fazê-lo, não frequenta regularmente uma Igreja. Jesus deixou claro a sua vontade a este respeito quando disse em Mateus 18.20: “Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles”, e o escritor de Hebreus nos admoesta em 10.25: “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima.”

Segundo requisito: Temos que nos assentar ao seu redor (32-34)

Assentar-se ao redor de Jesus é mais gratificante e prazeroso do que assentar-se num bar com amigos, ou em frente à televisão, ou em frente ao vídeo-game. Podemos nos assentar à volta de Jesus, não somente quando estamos na Igreja, mas em casa ou em outro ambiente, lendo a bíblia, meditando e orando. Jesus valoriza o nosso amor por ele, o desejo de estar sempre ao seu redor, tanto que, olhando em volta, disse dos que ali estavam assentados: “Eis minha mãe e meus irmãos”.

Terceiro requisito: Temos que fazer a vontade de Deus, o Pai (35)

Tudo o que dissemos antes seria inútil, se não fizéssemos a vontade de Deus. Não basta assistir a uma igreja, nem mesmo orar e meditar na Palavra. É necessário colocarmos em prática os seus princípios. Jesus nos garantiu em João 14.23: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada.”
Não é fácil, às vezes, determinar qual a vontade de Deus para nossas vidas. Para tentarmos entender este princípio, separei alguns versículos que falam do assunto, e os relaciono abaixo:

Obediência funcional: (Mateus 21.31) “Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram: O segundo. Declarou-lhes Jesus: Em verdade vos digo que publicanos e meretrizes vos precedem no reino de Deus.”

Conhecimento de doutrina: (João 7.17) “Se alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se eu falo por mim mesmo.”

Submissão de nossos desejos: (Romanos 1.10) “em todas as minhas orações, suplicando que, nalgum tempo, pela vontade de Deus, se me ofereça boa ocasião de visitar-vos.”

Trabalho honesto: (Efésios 6.6) “não servindo à vista, como para agradar a homens, mas como servos de Cristo, fazendo, de coração, a vontade de Deus;”

Santificação: (1 Ts 4.3) “Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição;”

Gratidão: (1 Ts 5.18) “Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.”

Perseverança nos sofrimentos: (1 Pedro 3.17) “porque, se for da vontade de Deus, é melhor que sofrais por praticardes o que é bom do que praticando o mal.”

Visão de eternidade: (1 João 2.17) “Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente.”

Salvação de almas: (Mateus 18.14) “Assim, pois, não é da vontade de vosso Pai celeste que pereça um só destes pequeninos.”

Entrega completa: (Lucas 22.42) “(...) Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua.”

domingo, 17 de maio de 2015


Confrontando o reino do Inimigo

(Leia Mc 3.22-30)

Jesus teve que conviver com calúnias a seu respeito. Fazia o que era bom e correto, mas seus inimigos, que tinham inveja, faziam de tudo para desacreditar o seu trabalho. Acusaram-no de usar o poder do próprio Satanás para fazer milagres. Entretanto, defendeu-se tranquilamente, argumentando que isto não seria possível, pois sua obra era uma afronta ao reino do inimigo. Muitos dizem que fazem a obra de Deus, hoje em dia, inclusive nós. Mas como podemos ter certeza de que estamos, de fato, fazendo a obra do Senhor? A resposta de Jesus aos seus inimigos evidencia os efeitos que a obra do Senhor tem sobre o reino do inimigo, e desta forma podemos testar se a obra que fazemos é, de fato, a obra de Deus:

Primeiro efeito sobre reino do inimigo: a sua estrutura é abalada (22-26)

Jesus argumentou que, se fosse verdade a acusação que lhe faziam, o reino de Satanás estava dividido, visto que a obra de Jesus era contrária aos propósitos de Satanás. Por exemplo, em Mt 11.1-6, João Batista manda mensageiros perguntarem a Jesus se ele era mesmo o Cristo. “Jesus, respondendo, disse-lhes: Ide e anunciai a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho.” Nós também, que levamos em nosso corpo o Espírito Santo, somos seus instrumentos para desfazer muitas obras do maligno, e limitarmos sua influência no mundo. Achamos que 2 Ts 2:6,7 refere-se à Igreja, quando diz: “E, agora, sabeis o que o detém, para que ele seja revelado somente em ocasião própria. Com efeito, o mistério da iniqüidade já opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém;” Assim, para sabermos se estamos, de fato, fazendo a obra do Senhor, precisamos fazer esta pergunta: estamos atrapalhando ou ajudando o reino de Satanás com nossas ações?

Segundo efeito sobre o reino do inimigo: o seu território é invadido (27)

Jesus usa a parábola da casa do valente para mostrar que, ao fazer a sua obra, estava entrando na própria casa de Satanás e roubando-lhe os bens. Em Mateus 16:18 Jesus profetiza: “(...) sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” Nossa tendência é achar que Satanás não vai entrar na Igreja, porque ela é propriedade do Senhor. Mas a profecia não fala sobre isto, ela diz que as portas do inferno não prevaleceriam contra a Igreja. Ou seja: a Igreja está no ataque, e não na defesa. O território onde o inimigo trabalha é o mundo. O mundo inclui a nossa casa, o nosso ambiente de trabalho, todos os lugares onde há atividade humana e comunidades. Podíamos dizer que Satanás age mais intensamente nas favelas, nas tribos indígenas, entre os moradores de rua, mas não é verdade. Ele age também com muita intensidade nos ambientes mais requintados. Nós estamos infiltrados nestes ambientes. Faço aqui uma pergunta para meditação: Seria correto fazer, como fazem algumas igrejas, pontos de pregação nos antros de boates, criando um ambiente parecido com elas, para atrair pessoas deste meio? Ora, estas pessoas geralmente trabalham, estudam, têm lares, e, em minha opinião, seriam mais bem alcançados nos ambientes destes meios do que nas boates.

Terceiro efeito sobre o reino do inimigo: Seus cativos são resgatados (28-30)

Alguns filhos de Deus têm medo, quando ouvem a sentença do versículo 29. Muitas doutrinas e heresias têm sido elaboradas com base nestas palavras. Mas vamos examiná-las com a distância de um bom observador: O versículo 28 nos dá uma boa notícia, dizendo que tudo será perdoado aos filhos dos homens. Podemos nos regozijar nisto. O Versículo 29 é uma advertência contra aqueles homens que caluniavam o Senhor Jesus, que os alertou para seu próprio bem. Eles podiam atentar à repreensão e arrependerem-se ali mesmo. Mas, para quem não se arrepende, não há esperança. No tempo dos reis de Israel, lemos sobre um exemplo de “pecado sem perdão”: 2Rs 1.2 diz que “caiu Acazias pelas grades de um quarto alto, em Samaria, e adoeceu; enviou mensageiros e disse-lhes: Ide e consultai a Baal-Zebube, deus de Ecrom, se sararei desta doença.” O deus que o rei Acazias, filho de Acabe, mandou consultar, tinha o nome de Baal-Zebude, de onde derivou o nome Belzebú, o maioral dos demônios, também chamado Satanás. Elias repreendeu o rei por isto, o qual mandou três vezes um destacamento de cinqüenta homens para prender o profeta. Os dois primeiros foram fulminados com raios, mas o terceiro tinha um capitão humilde, que rogou ao profeta que não os matassem. Elias foi, então, pela misericórdia de Deus, e advertiu novamente a Acazias, o qual morreu em seu pecado, pois não se arrependeu. Assim como o capitão e seus homens foram salvos por terem-se humilhado, nós também podemos ser salvos da Ira de Deus se nos arrependermos de nossos pecados. Jesus, ao advertir os seus inimigos, estava lhes dando uma chance de serem resgatados das garras de Satanás. Até os Fariseus poderiam ser salvos, como foram Nicodemos, José de Arimatéia e Saulo de Tarso. Mas para quem resiste à evidente obra do Espírito Santo, não se arrependendo de seus pecados, não há esperança.

Portanto, façamos este teste, para que saibamos se estamos, de fato, fazendo a obra do Senhor. Estamos abalando as estruturas do reino do inimigo? Estamos invadindo o seu território e resgatando suas almas cativas? Se nos entregarmos a Jesus, de modo que ele viva em nós, então ele fará, por nosso intermédio, a sua obra, e o reino do inimigo será, assim, confrontado.

domingo, 10 de maio de 2015


(Leia Mc 3.13-21)

Preocupações de mãe...

Um dia, quando Jesus estava ensinando, uma mulher gritou da multidão: “Bem-aventurada aquela que te concebeu, e os seios que te amamentaram!” (Lc 11.27). Mas Maria, mãe de Jesus, parecia não estar muito feliz com o rumo que seu filho estava tomando. Estava agindo de forma aparentemente irresponsável, e por isto pediu a ajuda de seus familiares para ver se poderiam prendê-lo ou talvez, como diríamos hoje, interná-lo nalgum hospital psiquiátrico. Jesus, porém, não era um louco qualquer.

Neste parágrafo há três aparentes loucuras que Jesus andava fazendo, que preocupavam sua mãe, mas que, sob o ponto de vista do Reino de Deus, fazia todo o sentido.

Primeira Loucura: Jogar fora uma brilhante carreira (13-15)

Jesus tinha um dom excelente, que podia valer muito prestígio e dinheiro, mas repassou o dom aos seus discípulos sem cobrar nada. Em Mateus 10:8 vemos que Jesus ainda os instruiu: “(...) de graça recebestes, de graça dai.” O que Jesus fez, dar de graça seus dons de cura e exorcismo, e orientar seus discípulos a não exigirem nenhum benefício financeiro por seus serviços, aos olhos dos outros, era loucura. Quem tinha ou dizia ter algum poder, não ia querer dar de graça, mas ganhar dinheiro com isso. Para termos noção de como era difícil o trabalho de expulsar demônios, podemos recorrer à história de At 19.13-16: “E alguns judeus, exorcistas ambulantes, tentaram invocar o nome do Senhor Jesus sobre possessos de espíritos malignos, dizendo: Esconjuro-vos por Jesus, a quem Paulo prega. Os que faziam isto eram sete filhos de um judeu chamado Ceva, sumo sacerdote. Mas o espírito maligno lhes respondeu: Conheço a Jesus e sei quem é Paulo; mas vós, quem sois? E o possesso do espírito maligno saltou sobre eles, subjugando a todos, e, de tal modo prevaleceu contra eles, que, desnudos e feridos, fugiram daquela casa.” Simão, o mágico de Samaria, em At 8.18-19, quis comprar o poder de conceder o dom do Espírito Santo, porque viu nisto uma oportunidade de lucro. Líderes de grandes denominações atuais se enriquecem, alegando terem dons de cura ou outras habilidades. A revista Forbes, em 2013, apontou os seis líderes religiosos mais ricos do Brasil. O primeiro da lista tinha uma fortuna estimada em 2 bilhões de reais. O segundo, 400 mihões. (*)

Segunda loucura: andava em companhia de homens “duvidosos” (16-19)

Já ouvi muitas pessoas dizendo que, muitas vezes, é preferível relacionar-se com pessoas não crentes. Há incrédulos que são mais honestos, simpáticos, bondosos, do que os que se chamam crentes. Mas Jesus não procurava, dentre as pessoas, as que mais lhe agradassem. Ele tinha outro critério. Escolheu algumas pessoas para estarem sempre junto dele, independente de suas imperfeições. Simão Pedro era, antes de conhecer Jesus, um mundano confesso, por demais precipitado, e negou Jesus. Tiago e João, os “filhos do trovão”, eram muito iracundos e ambiciosos; Mateus era publicano; Tomé só acreditava vendo; Simão era zelote (espécie de terrorista). Judas o traiu. Dos outros, não temos muitas notícias.

Terceira loucura: Não separava um tempo adequado para cuidar de si, da sua saúde. (20,21)

Jesus não exigia privacidade, permitia que invadissem a sua casa, não tinha “vida privada”. Não reivindicava os privilégios de um mestre.
Muitos cristãos seguiram os seus passos, conforme, por exemplo, a história de Charles e Ruth Harmon, missionários entre os Nambiquara:

“Não demorou muito ara que os índios chegassem todas as tardes, entre 17:00 e 17:30H, para as reuniões na casa dos Harmons. Eles chamavam gritando alto: “Rute santona tocar, culto cantar!” Era hora da reunião! Todas as noites tinham o “culto cantar!” e os índios gostavem demais, especialmente a parte de cantar. O Pr. Carlos pregava o mesmo sermão todas as noites também: “Pai é Deus, mandou Filho que é Deus. Do barro nos fez. Filho morreu por nós. 1,2,3 e Subiu!” Os índios ficavam de pé quando o Pr. Carlos fala “subiu”. Estas reuniões começavam cedo e acabavem tarde. Os índios sempre queriam continuar. Às vezes dava vontade de cancelar algumas noites para descansar, mas eles decidiram: “É Por isso que estamos aqui. Comemos, mesmo quando estamos cansados, então porque não reunir?” (**)

Paulo andou nos mesmos passos de Jesus, conforme diz em 2Coríntios 12.15 “Eu de boa vontade me gastarei e ainda me deixarei gastar em prol da vossa alma (...)” Jesus justificava sua atitude dizendo: “A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra” (Jo 4.34). Mas não era sempre assim. Quando tinha oportunidade, ele descansava e se alimentava de maneira mais tranquila. Em Lucas 22:15, disse aos discípulos: Tenho desejado ansiosamente comer convosco esta Páscoa, antes do meu sofrimento.” Em Marcos 6.31 convidou-os: Vinde repousar um pouco, à parte, num lugar deserto; (...)”. Paulo também procurava seus recreios, como afirma aos Romanos em 15.32, desejando que, “ao visitar-vos, pela vontade de Deus, chegue à vossa presença com alegria e possa recrear-me convosco.”

Maria não tinha nenhuma razão para se preocupar com Jesus. Ele sabia o que fazia. Tinha um projeto de vida e estava determinado a cumpri-lo. Quanto, porém, às mães cujos filhos não são perfeitos como Jesus, eu pergunto: vocês estão preocupadas com seus filhos? Eles parecem irresponsáveis quanto à sua carreira, andam em más companhias, querem se casar com uma pessoa com a qual você não concorda? Não cuida bem da saúde? Se eles ainda estão sob seu domínio, agora é o tempo de ensiná-los. Mas, se já são adultos, há muito pouco que se possa fazer, pois as escolhas, agora, são deles. Eles têm que sentir-se livres para decidir e arcar com as consequências de suas decisões. Não tentem prender os seus filhos. E nós outros, sendo mães ou não, devemos medir nossas loucuras: se as loucuras são feitas para Deus, então está certo. Podemos imitar Jesus em tudo, e dizer como Paulo em 2Coríntios 5.13: “Porque, se enlouquecemos, é para Deus; e, se conservamos o juízo, é para vós outros.”

(*) (http://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2013/01/18/forbes-lista-os-seis-lideres-milionarios-evangelicos-no-brasil.htm – Acesso em 10/05/201
(**) FILSINGER, H.R. - Trilhas de Charles e Ruth Harmon – 2ª edição, julho de 2012 – Araçatuba, SP, pag. 18

sexta-feira, 8 de maio de 2015


(*)

Se eu não te lavar, não tens parte comigo

(Leia Jo 13.1-17)


Hábitos de higiene hoje em dia são comuns.
“Tais hábitos, que para nós, são tão corriqueiros já foram, no passado, totalmente desconhecidos, fato que contribuiu para os grandes surtos de doenças como a peste negra (peste bubônica), na Europa do período medieval e até para a tuberculose, uma das doenças pulmonares dos séculos XIX e XX. (…) Atualmente, o cenário é completamente diferente, com grande parte da população tendo acesso à rede de água encanada e esgoto. Atividades como banhos diários e lavar as mãos se tornaram banais, melhorando a qualidade e a vida saudável das pessoas.” (http://higiene-pessoal.info/ - Acesso em: 03/05/2015.
A Higiene do corpo, como vimos acima, é de grande valia, porém ainda mais a higiene espiritual.

Jesus quer que tenhamos parte com ele, e para isto quer que estejamos limpos. Neste texto aprendemos que há, pelo menos, quatro cuidados a serem tomados para estarmos sempre limpos na presença do Senhor:

Primeiro cuidado: Resistamos à influência do mal (1-3)

Judas permitiu que satanás colocasse em seu coração a intenção de trair Jesus. Também nós estamos sujeitos às influências malignas, mas podemos nos esforçar para evitar o mal. Ele não vem de repente. O pecado é o resultado de um processo que acontece primeiro em nossas mentes, como diz Tiago 1:14,15 “(...) cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte.”. A oração é um recurso poderoso que temos em nossas mãos, e não devemos deixar de usá-lo. Um dos pedidos que Jesus nos ensinou a fazer na oração do “Pai Nosso” é para que não caiamos em tentação. Além disto é importante selecionar criteriosamente nossas fontes de influência. O que é que anda ocupando nossa mente?

Segundo cuidado: Lutemos contra o egocentrismo (4,5)

Quando estamos muito ocupados olhando para nós mesmos, esquecemos das necessidades das pessoas ao nosso redor. Jesus deve ter deixado os discípulos muito envergonhados, por que deviam ter demonstrado bom senso. Mas, com certeza, nenhum deles faria o que era preciso. Provavelmente, iam dormir de pés sujos e amargurados uns com os outros, lamentando porque o irmão não se “pôs no seu lugar” e não cumpriu sua “obrigação”. Em vez de tomar a iniciativa, talvez estivessem “bolando” um projeto de poder. Quem seria o chefe dos apóstolos, e o vice? Como seria a hierarquia do reino?

Terceiro cuidado: Abandonemos a falsa humildade (6-11)

Ser soberbo não é bom, mas, por outro lado, não é certo recusar a mão que está estendida, querendo nos ajudar, mesmo que a alegação seja a de que não somos dignos do amor desta pessoa. A atitude de Pedro poderia parecer humildade, mas era uma ofensa para Jesus. Ele nos deu a possibilidade de salvação, fez tudo por nós quando morreu na cruz, portanto não devemos recusar o seu favor. Já ouvi pessoas dizerem: “se eu merecer, serei salvo, não posso aceitar a salvação de graça, tenho que fazer por merecer.” Isto é loucura! Temos que entender que nunca mereceremos nenhum favor de Deus. Somos irremediavelmente pecadores, e nossa esperança repousa somente na obra de Jesus

Quarto cuidado: Mantenhamos limpa a nossa consciência (12-17)

Não há melhor maneira de limpar a consciência do que cumprirmos as nossas obrigações. Já que sabemos estas coisas, devemos praticá-las. Como? Devemos pegar uma bacia, água e toalha, e lavar os pés uns dos outros? Em vez disso, vamos entender o contexto. Os pés precisavam ser lavados, porque as ruas não eram pavimentadas e os calçados não eram fechados. Para nós, do meio urbano, lavar os pés não teria sentido, não teria utilidade, a não ser para mostrarmos que somos capazes de nos humilharmos diante de todos. Em nosso contexto, talvez Jesus lavasse a louça, varresse o chão, ou fizesse o café. Mas o diálogo que ele teve com Pedro, ao afirmar que nem todos estavam limpos (Judas não estava, porque iria traí-lo), revela que o lavar dos pés simbolizava uma limpeza interior, espiritual, e portanto, para pôr em prática o que aprendemos, devemos cuidar uns dos outros no sentido de promover a santidade.
Podemos praticar o “lavar dos pés” orando uns pelos outros, sendo um auxílio nas horas mais difíceis, de grande tentação, como diz em Gl 6.1,2: “Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado. Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo.” Se a sua esposa for distraída e deixar o leite, no fogão, derramar, em vez de censurá-la, vá limpar o fogão. Se um irmão ficou endividado porque não ouviu os bons conselhos e acabou entrando numa fria, e se não tivermos dinheiro para ajudá-lo, vamos sentar e chorar juntos. Se o irmão tem algo contra mim, devo procurá-lo para tentar acertar as coisas.
Nós, que cremos em Cristo, somos uma família. Uma família cuida de seus membros quando estão doentes, e quando estão sadios, zelam para que continuem assim, e melhorem cada vez mais. Como família de Deus, precisamos cuidar também da saúde espiritual uns dos outros. Os últimos versículos do livro de Tiago (5.19,20) nos dizem: “Meus irmãos, se algum entre vós se desviar da verdade, e alguém o converter, sabei que aquele que converte o pecador do seu caminho errado salvará da morte a alma dele e cobrirá multidão de pecados.”

(*) Figura disponível em: http://www.turnbacktogod.com/jesus-washing-feet-of-disciples-pictures/ Acesso em: 08/05/2015

quarta-feira, 6 de maio de 2015


(*)

Soluções simples para situações complicadas.

(Leia Mc 3.1-12)

O trabalho de Jesus não era fácil. Diante da congregação, em Cafarnaum, enquanto ensinava, os olhos atentos de seus opositores pareciam lançar-lhe dardos de fogo. Mantinham-se em silêncio, mas sua atitude parecia gritar aos seus ouvidos, situação que o levou a convidar os ouvintes a fazerem uma reflexão: “É lícito nos sábados fazer o bem ou fazer o mal? Salvar a vida ou tirá-la?” Jesus estava prestes a fazer o bem, salvar uma vida, mas os fariseus estavam prestes a fazer o mal, planejavam tirar a sua vida. Ainda havia a questão do assédio do povo, que incessantemente demandava a atenção, a presença, os cuidados de Jesus, e a todas estas dificuldades ainda se acrescentava a luta constante contra as artimanhas de satanás. Se observarmos, não como os fariseus, mas com corações abertos, as reações do Senhor às situações adversas, podemos aprender o que é melhor a se fazer diante de situações complicadas. Neste texto há, pelo menos, quatro dicas de soluções simples para situações complicadas.

Primeira dica: Sob vigilância, seja transparente. (1-5)

Transparência demanda coragem. Jesus instruiu seus discípulos em Mt 10.26.27: “Portanto, não os temais; pois nada há encoberto, que não venha a ser revelado; nem oculto, que não venha a ser conhecido. O que vos digo às escuras, dizei-o a plena luz; e o que se vos diz ao ouvido, proclamai-o dos eirados.” Nós não podemos ter medo de fazer o bem. Mas, como não somos perfeitos, precisamos ter certeza de que estamos no caminho certo. Nossa vida é um livro aberto? Nossa casa é aberta aos irmãos? Tem coisas que não queremos que os outros vejam? Maridos dão satisfação às suas esposas e vice-versa? Filhos dão satisfação aos pais? Pais (porque não?) dão satisfação aos filhos? Para nós, pecadores, ser transparente é uma maneira de nos protegermos de nós mesmos.

Segunda dica: Sob forte resistência, ceda espaço. (6-8)

Ainda em Mateus, 10.23, Jesus orienta: “Quando, porém, vos perseguirem numa cidade, fugi para outra;” Temos que ter bom senso. Há momentos em que temos que fazer uma “retirada estratégica”, como fez Jesus, retirando-se para o mar. O problema da inveja está presente em todo ajuntamento humano. Não devemos agir sempre como um guerreiro que defende até a morte seu terreno contra os inimigos. “Se teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer, se tiver sede, dá-lhe de beber”. Se ele quiser o teu espaço, às vezes é bom ceder. Sabemos quando não estamos agradando. Nós, que somos imperfeitos, podemos, sem ressentimentos, mudar o comportamento (desde que não comprometamos nossos bons princípios), ou mudar de grupo.

Terceira dica: Na falta de recursos, improvise. (9,10)

Voltando a Mt 10, no versículo 9 ele ordena: “Não vos provereis de ouro, nem de prata, nem de cobre nos vossos cintos;” É provável que os discípulos estranharam a ordem, pois, como iriam se manter eu sua missão? E, no caso de nosso texto, para solucionar o problema, um rei “que se preze” designaria uma guarda real para fazer um cordão de isolamento, para que o povo não se aproximasse muito. Mas Jesus achou uma solução simples e eficaz. Um simples barquinho, um improviso. O mar servia de isolamento natural e a brisa levava o som da sua voz com melhor acústica. O povo respeitaria a distância e não se sentiria reprimido.

Quarta dica: Diante do sucesso, mantenha a sobriedade. (11,12)

Provérbios 27:21 nos ensina que “como o crisol prova a prata, e o forno, o ouro, assim, o homem é provado pelos louvores que recebe.” O reconhecimento dos demônios, seres tão poderosos, que se curvavam diante da mera presença do Senhor, era algo tentador. Mas, na contramão do que fazem os curandeiros, Jesus não fazia e não permitia que fizessem propaganda de seus dons de cura. Preferia ser discreto. Não se negava a ajudar, mas não andava fazendo alarde de suas obras. Jesus não queria publicidade, ele não era um vendedor querendo que comprassem seus produtos ou seus serviços. Oferecia gratuitamente algo que todos deveriam querer, mas que a maioria desprezava: a remissão dos pecados.

Tendo estas dicas, possamos nós também solucionar os problemas da vida com simplicidade, pois a simplicidade é uma marca de nosso Senhor. Sejamos transparentes, corajosos, porém mansos. Não achemos que o dinheiro é a solução para tudo, pois há muita coisa que podemos fazer com pouco ou nenhum dinheiro. Não amemos os holofotes, a glória, pois corremos um grande risco de nos ensoberbecermos e incorrermos na “condenação do diabo”, que sempre procura nos desanimar e desviar dos propósitos de Deus.

(*) Figura disponível em: http://www.luterano-religar.net/2014/09/estudo-pregacao-sexto-domingo-de.html#.VUpkvPlViko Acesso em: 06/05/2015

segunda-feira, 4 de maio de 2015



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Quem era Jesus?
(Leia Is 53.1-12)
Um dia, quando a Etiópia era um reino próspero, um importante funcionário da rainha, fazia uma viagem e, assentado em seu carro, lia a Bíblia (At 8.27-39). Quando leu um trecho que nós conhecemos hoje como o capítulo 53 de Isaías, especialmente os versículos 7 e 8, ficou muito pensativo: quem seria aquele homem, de quem o texto falava? Um homem desprezado por todos, castigado severamente por Deus, sem nunca ter feito uma injustiça sequer? Um homem que sofreu tudo isto por causa dos transgressores da lei? Este pensamento incomodou tanto o eunuco, que nunca mais voltou a ser o mesmo. Horas depois ele seria batizado, dando um testemunho público de que estava se unindo aos seguidores daquele homem da história, porque acreditou nele.
Vamos, também, ao passar pelo mesmo texto, tentar entender quem era Jesus, o homem mencionado na profecia:

1 - Um homem DESPREZADO (1-3)

O desprezo é motivo de grande tristeza para muitos. Ninguém gosta de ser desprezado. Fazemos loucuras em nossas vidas só para termos um pouquinho de aceitação. As mulheres ficam doentes para se tornarem magras como as modelos; os jovens bebem e usam drogas para se sentirem parte do grupo. Cuidamos de nossa aparência, às vezes, até de modo irracional. Alguns chegam a morrer na mesa de cirurgia, fazendo lipoaspiração, implante de silicone, e outras mutilações. Homens usam anabolizantes para moldarem seus músculos, para se parecerem com os heróis do cinema e da televisão. Mas se quisermos nos unir a Jesus, temos que aprender a aceitarmos o desprezo, porque ele era um homem desprezado. Ele disse em Mateus 10.25: “Basta ao discípulo ser como o seu mestre, e ao servo, como o seu senhor. Se chamaram Belzebu ao dono da casa, quanto mais aos seus domésticos?”

2- Um homem CASTIGADO (4-8)

Tem gente que não suporta nem mesmo uma pequena dor, pois vai logo tomando um remédio. Dor de cabeça, dor de estômago, dor nas costas. A dor intensa e constante pode enlouquecer uma pessoa. Há dores crônicas, com as quais as pessoas acabam se acostumando, mas têm por isso uma qualidade de vida prejudicada. Há clínicas médicas especializadas em tratamento de dores. Além de dores físicas, há também a dor da alma. Esta pode ser a pior das dores. Pode levar ao suicídio. Imagine a dor de um filho rejeitado pelo próprio pai. Foi esta a dor que Jesus sentiu na cruz, além da tortura da carne. Quando decidimos seguir Jesus, temos que nos conscientizar que muitas vezes não seremos poupados de dores, porque ele próprio foi um homem castigado, mesmo não tendo cometido nenhum pecado.

3 - Um homem RECOMPENSADO (9-12)

Quando visamos uma recompensa, nos submetemos a situações extremas. Quantas pessoas passam noites em claro, trabalhando dia e noite, correndo pra lá e pra cá, para ter sucesso na vida. Os vendedores aceitam ser pressionados pelos gerentes, que lhes impõe metas cada vez mais pesadas. Os recrutas das tropas de elite aceitam ser humilhados e testados além de seus limites, para conseguirem uma vaga no renomado batalhão. Enfrentamos sol e chuva, trabalhamos até quando estamos doentes, fazemos muitos sacrifícios, tudo para conseguirmos “vencer na vida”. Precisamos pensar sobre isto: se nos submetemos a tantas coisas para recebermos recompensas passageiras, porque não deveríamos fazer muito mais pelas recompensas eternas? Quanto tempo dura nossa merecida aposentadoria? Vinte ou trinta anos? O que é isto diante da eternidade? Jesus aceitou o desprezo e o sofrimento extremos sabendo que seria recompensado. 2Coríntios 4:17 nos diz que “a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação,”. Portanto, quem quer se unir a Jesus, saiba que todo seu esforço não será em vão.

(*) Figura disponível em: http://www.goodsoil.com/ - Acesso em: 04/05/2015