sexta-feira, 8 de maio de 2015
(*)
Se eu não te lavar, não tens parte comigo
(Leia Jo 13.1-17)
Hábitos de higiene hoje em dia são comuns.
“Tais hábitos, que para nós, são tão corriqueiros já foram, no passado, totalmente desconhecidos, fato que contribuiu para os grandes surtos de doenças como a peste negra (peste bubônica), na Europa do período medieval e até para a tuberculose, uma das doenças pulmonares dos séculos XIX e XX. (…) Atualmente, o cenário é completamente diferente, com grande parte da população tendo acesso à rede de água encanada e esgoto. Atividades como banhos diários e lavar as mãos se tornaram banais, melhorando a qualidade e a vida saudável das pessoas.” (http://higiene-pessoal.info/ - Acesso em: 03/05/2015.
A Higiene do corpo, como vimos acima, é de grande valia, porém ainda mais a higiene espiritual.
Jesus quer que tenhamos parte com ele, e para isto quer que estejamos limpos. Neste texto aprendemos que há, pelo menos, quatro cuidados a serem tomados para estarmos sempre limpos na presença do Senhor:
Primeiro cuidado: Resistamos à influência do mal (1-3)
Judas permitiu que satanás colocasse em seu coração a intenção de trair Jesus. Também nós estamos sujeitos às influências malignas, mas podemos nos esforçar para evitar o mal. Ele não vem de repente. O pecado é o resultado de um processo que acontece primeiro em nossas mentes, como diz Tiago 1:14,15 “(...) cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte.”. A oração é um recurso poderoso que temos em nossas mãos, e não devemos deixar de usá-lo. Um dos pedidos que Jesus nos ensinou a fazer na oração do “Pai Nosso” é para que não caiamos em tentação. Além disto é importante selecionar criteriosamente nossas fontes de influência. O que é que anda ocupando nossa mente?
Segundo cuidado: Lutemos contra o egocentrismo (4,5)
Quando estamos muito ocupados olhando para nós mesmos, esquecemos das necessidades das pessoas ao nosso redor. Jesus deve ter deixado os discípulos muito envergonhados, por que deviam ter demonstrado bom senso. Mas, com certeza, nenhum deles faria o que era preciso. Provavelmente, iam dormir de pés sujos e amargurados uns com os outros, lamentando porque o irmão não se “pôs no seu lugar” e não cumpriu sua “obrigação”. Em vez de tomar a iniciativa, talvez estivessem “bolando” um projeto de poder. Quem seria o chefe dos apóstolos, e o vice? Como seria a hierarquia do reino?
Terceiro cuidado: Abandonemos a falsa humildade (6-11)
Ser soberbo não é bom, mas, por outro lado, não é certo recusar a mão que está estendida, querendo nos ajudar, mesmo que a alegação seja a de que não somos dignos do amor desta pessoa. A atitude de Pedro poderia parecer humildade, mas era uma ofensa para Jesus. Ele nos deu a possibilidade de salvação, fez tudo por nós quando morreu na cruz, portanto não devemos recusar o seu favor. Já ouvi pessoas dizerem: “se eu merecer, serei salvo, não posso aceitar a salvação de graça, tenho que fazer por merecer.” Isto é loucura! Temos que entender que nunca mereceremos nenhum favor de Deus. Somos irremediavelmente pecadores, e nossa esperança repousa somente na obra de Jesus
Quarto cuidado: Mantenhamos limpa a nossa consciência (12-17)
Não há melhor maneira de limpar a consciência do que cumprirmos as nossas obrigações. Já que sabemos estas coisas, devemos praticá-las. Como? Devemos pegar uma bacia, água e toalha, e lavar os pés uns dos outros? Em vez disso, vamos entender o contexto. Os pés precisavam ser lavados, porque as ruas não eram pavimentadas e os calçados não eram fechados. Para nós, do meio urbano, lavar os pés não teria sentido, não teria utilidade, a não ser para mostrarmos que somos capazes de nos humilharmos diante de todos. Em nosso contexto, talvez Jesus lavasse a louça, varresse o chão, ou fizesse o café. Mas o diálogo que ele teve com Pedro, ao afirmar que nem todos estavam limpos (Judas não estava, porque iria traí-lo), revela que o lavar dos pés simbolizava uma limpeza interior, espiritual, e portanto, para pôr em prática o que aprendemos, devemos cuidar uns dos outros no sentido de promover a santidade.
Podemos praticar o “lavar dos pés” orando uns pelos outros, sendo um auxílio nas horas mais difíceis, de grande tentação, como diz em Gl 6.1,2: “Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado. Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo.” Se a sua esposa for distraída e deixar o leite, no fogão, derramar, em vez de censurá-la, vá limpar o fogão. Se um irmão ficou endividado porque não ouviu os bons conselhos e acabou entrando numa fria, e se não tivermos dinheiro para ajudá-lo, vamos sentar e chorar juntos. Se o irmão tem algo contra mim, devo procurá-lo para tentar acertar as coisas.
Nós, que cremos em Cristo, somos uma família. Uma família cuida de seus membros quando estão doentes, e quando estão sadios, zelam para que continuem assim, e melhorem cada vez mais. Como família de Deus, precisamos cuidar também da saúde espiritual uns dos outros. Os últimos versículos do livro de Tiago (5.19,20) nos dizem: “Meus irmãos, se algum entre vós se desviar da verdade, e alguém o converter, sabei que aquele que converte o pecador do seu caminho errado salvará da morte a alma dele e cobrirá multidão de pecados.”
(*) Figura disponível em: http://www.turnbacktogod.com/jesus-washing-feet-of-disciples-pictures/ Acesso em: 08/05/2015
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