domingo, 26 de abril de 2015
NA PRESENÇA DO REI
(Leia Mc 2.18-28) -
Nosso ex-presidente costumava introduzir muitas frases com a expressão: “nunca antes na história deste país...”. Vou pedir emprestada esta expressão e dizer que nunca antes na história do mundo Deus estivera habitando entre os homens da maneira como Jesus habitou. Os discípulos dos fariseus e os próprios discípulos de João não se deram conta da situação inusitada, e por isso não compreendiam o modo estranho de Jesus agir. No contexto deste parágrafo, eles não se contêm e protestam: Por que motivo jejuam os discípulos de João e os dos fariseus, mas os teus discípulos não jejuam? E Por que fazem o que não é lícito aos sábados? A resposta a estas perguntas parece estar na declaração do último versículo, de que o Filho do homem é Senhor, entre outras coisas, também do sábado. Juntemos esta declaração com a revelação implícita nos primeiros versos de que Jesus é o noivo presente, e então podemos afirmar que, na presença de Jesus, o Senhor, nós mudamos o nosso comportamento. Entendo que, neste texto, podemos encontrar pelo menos três motivos pelos quais, na presença de Jesus, nós mudamos o nosso comportamento.
Primeiro motivo: Jesus, sendo o Senhor, pode exigir mudança de postura (18-20)
Em Fp 4.4,5 recebemos uma ordem: “Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos. Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor.” Neemias começa seu livro (Ne 1.4) narrando sua tristeza e jejum, que chamou a atenção do rei Artaxerxes (2.2), o qual certamente não queria em seu serviço um servo triste, tal como o Senhor, Rei dos reis, segundo Ne 8.10,11. Hoje, enquanto o “noivo” não está fisicamente presente, há momentos em que o jejum e a tristeza são apropriados. Novamente o veremos, porém, e com ele nos alegraremos nas bodas do cordeiro (Ap 19.5-9).
Segundo motivo: Jesus, sendo o Senhor, pode modificar a forma de culto (roupa nova e vinho novo) (21,22)
Os fariseus tinham chegado ao seu limite. Nada mais de novo podiam apresentar. Receberam a lei, e fizeram o que podiam, mas não era suficiente. Jesus veio e introduziu uma nova maneira de se adorar a Deus. Em Jo 4.21-24, ele diz à mulher samaritana: “Mulher, podes crer-me que a hora vem, quando nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus. Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.” Dizendo ela que esperava vir o Messias, para anunciar estas coisas, disse-lhe Jesus: “Eu o sou, eu que falo contigo. (v.26)”
Terceiro motivo: Jesus, sendo o Senhor, pode fazer exceções às regras (23-28)
Deus já fez o sol parar (Js 10.13), já fez o relógio andar para trás (Is 38.8), já fez o fogo perder sua eficácia (Dn 3.27). Não era verdade que Jesus quebrava a guarda do sábado. Ele simplesmente não o guardava nos moldes que os fariseus fabricaram. Mas se o Senhor quisesse quebrar sua própria regra, poderia tê-lo feito. Quando Pedro, no cumprimento de sua missão, hospedou-se na casa de um curtidor (profissão que tornava o homem impuro para os judeus), e recebeu a visão da “comida impura” ( At 10.9-16) já preanunciava a grande exceção de Deus na nova aliança: Cristo “em vós” (gentios), “a esperança da glória” (Cl 1.27); nós, os gentios, sem circuncisão e sem cerimonialismo, fomos também aceitos na assembleia de Deus.
Agora, para que apliquemos algumas verdades desta meditação à nossa realidade, pensemos o seguinte: os fariseus fizeram o que podiam com a lei, mas não era suficiente. E nós, o que fazemos com a graça que recebemos? Nossas crianças são desobedientes; em nosso meio há grande ocorrência de adultérios, imoralidade, irreverência; muitos “buscam a Deus” com intuitos de ganância; assistimos perplexos aos excessos da “geração gospel”. Quando Jesus voltar, o que ele vai querer mudar em nosso comportamento? E será que ele nos encontrará fiéis e prudentes, como as cinco virgens de Mt 25.1-13?
quinta-feira, 23 de abril de 2015
(*)
(Leia Mc 2.13-17)
Ao ler esta história, e observar os acontecimentos, podemos ser levados também, como os escribas dos fariseus (ainda que com outra motivação), a fazer o questionamento:
PORQUE JESUS COMIA E BEBIA COM PUBLICANOS E PECADORES?
É possível que este texto nos dê pelo menos quatro respostas:
1 - PORQUE AS MULTIDÕES ESTAVAM SEM RUMO E PRECISAVAM DE UM MESTRE
(V13) ¶ De novo, saiu Jesus para junto do mar, e toda a multidão vinha ao seu encontro, e ele os ensinava.
Buscamos a Jesus por vários motivos, mas ele sempre vai nos ensinar alguma coisa por meio de nossas necessidades. Em Mt 9.36, “Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor.” Como diz o Pr. Hernandes Dias Lopes, “ele usou coisas comuns para ensinar: o sal, a luz, a água, o pão, o fermento, a semente, os pássaros, as flores, o arado, a rede, o vento, a porta, a ovelha, o curral. Quando lhe perguntaram qual é o maior no reino dos céus, ele não fez um longo discurso para responder: pegou uma criança no colo e disse: - Quem pois se tornar humilde como esta criança será o maior no meu reino.” (**)
2 - PORQUE ALGUMAS PESSOAS QUERIAM MUDAR DE VIDA, MAS PRECISAVAM DO SENHOR PARA DAR-LHES O SINAL
(V14) Quando ia passando, viu a Levi, filho de Alfeu, sentado na coletoria e disse-lhe: Segue-me! Ele se levantou e o seguiu.
Penso que Levi (Mateus) tinha feito sua opção de vida. Decidiu ser um cobrador de impostos (publicano), mesmo que isto significasse ser taxado de traidor pelo seu povo. Tinha uma excelente condição financeira, mas por dentro queimava um sentimento, uma necessidade que o dinheiro nunca iria suprir. Sabia que devia buscar mais a Deus, servi-lo mais, para realizar-se como pessoa. Por isso, ao ouvir a voz de Jesus, não hesitou. Era este o momento que esperava para, reunindo toda a sua coragem, entregar-se totalmente nas mãos do Senhor.
3 - PORQUE HAVIAM PESSOAS DESPREZADAS QUE PRECISAVAM DE UM AMIGO
(V15) Achando-se Jesus à mesa na casa de Levi, estavam juntamente com ele e com seus discípulos muitos publicanos e pecadores; porque estes eram em grande número e também o seguiam.
(V16) Os escribas dos fariseus, vendo-o comer em companhia dos pecadores e publicanos, perguntavam aos discípulos dele: Por que come e bebe ele com os publicanos e pecadores?
Esta cena me lembra Ap 3.20: “se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo.” O fato de Jesus ser amigável com os publicanos e pecadores não significava, porém, abonar seus pecados. É como lemos na história da mulher adúltera, em Jo 8.10,11:
"Erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém mais além da mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais."
4 - PORQUE OS PECADORES ERAM DOENTES E PRECISAVAM DE UM MÉDICO
(V17) Tendo Jesus ouvido isto, respondeu-lhes: Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes; não vim chamar justos, e sim pecadores.
Uma mulher, em Mc 5:26, “muito padecera à mão de vários médicos, tendo despendido tudo quanto possuía, sem, contudo, nada aproveitar, antes, pelo contrário, indo a pior,” até que tocou nas vestes de Jesus e foi curada instantaneamente. O Senhor tem, contudo, uma cura mais efetiva a realizar naqueles que reconhecem sua condição de doentes do espírito, que talvez tenham gastado com muitos “médicos”, sem achar solução. É o caso do publicano de Lc 18.9-14:
"Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam os outros: Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho. O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado."
Se estivéssemos presentes naquele banquete, seríamos como os escribas ou como os publicanos e pecadores? Se nos acharmos sem rumo, seja Jesus nosso Mestre; se quisermos mudar de vida, seja Jesus nosso Senhor; se nos sentirmos desprezados, seja Jesus nosso Amigo; se reconhecemos que somos doentes de espírito, seja Jesus nosso Médico. Assim, estaremos sempre em boa companhia.
(**) LOPES, H.D. - Jesus, o mestre por excelência – 28/05/2004 – disponível em: http://hernandesdiaslopes.com.br/2004/05/jesus-o-mestre-por-excelencia/#.VTeY2tLBzGc Acesso em 21/04/2015.
(*) Imagem disponível em: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfY8Xlsedtuc1f2eeZ_D6ZmZ6OhY-C7e-f2eDnI6QyMYkQHIFKqoH7bGqSusXBgjrJGTbNt0MhIC9qbuHFj2ICk2qDpPblYldFScTzYoLevLhJyierRib2fR_1Gz_Y9dIBh9zKXSqtoY2Q/s1600/Jesus+e+pecadores.jpg Acesso em: 23/04/2015
segunda-feira, 20 de abril de 2015
Paralisia
(*)
(Leia Mc 2.1-12)
Uma das maiores preocupações da atualidade é o cuidado com a saúde. Procuramos comidas e hábitos saudáveis, mas às vezes é tão difícil resistir às facilidades da vida moderna, que acabamos nos alimentando de coisas não tão saudáveis, porque são mais práticas ou gostosas, e tendo uma vida sedentária porque, para quase todas as tarefas cotidianas, tem uma máquina que nos facilita o serviço. Assim, por escolhermos quase sempre o caminho mais fácil, acabamos nos prejudicando em nossa própria saúde. O texto de hoje nos faz refletir sobre coisa semelhante e nos leva a perguntar-nos:
O que é mais fácil? Reclamar ou achar uma solução? Criticar ou abrir o coração? Obedecer ou sucumbir na indecisão?
Para que tenhamos saúde, nem sempre devemos escolher o caminho mais fácil.
Neste texto nós descobrimos que há pelo menos três obstáculos que devemos transpor para sermos saudáveis em Cristo.
Primeiro obstáculo: A falta de recursos materiais (1-4)
(Reclamar ou achar uma solução?)
O homem da história era paralítico. Como chegar até Jesus? Ele pediu ajuda aos amigos. Aqueles homens, sabiam que precisavam chegar até Jesus. Não alcançariam o seu objetivo de outra forma. Ao chegarem à casa e verem a situação, quem sabe sua primeira reação tenha sido de desânimo, ou até mesmo de raiva contra aqueles curiosos que não estavam doentes mas não se tocavam, não abriam passagem, não se comoviam com a necessidade alheia. Ou, quem sabe, arrazoaram em seu coração: “Não vamos desistir. Deus nos deu a missão de levar nosso amigo até Jesus, então ele vai providenciar um meio para que cheguemos até ele”. Foi então que uma luz brilhou em suas mentes, e tiveram uma brilhante ideia: Vamos descê-lo pelo telhado!
Se fosse hoje, quem sabe eles não teriam se lamentado assim: “Ah, se tivéssemos crédito em nosso celular, mandaríamos um WhatsApp para alguém lá dentro e ele pediria que Jesus viesse até nós!”
Jesus também poderia ter murmurado. A situação precária em que tinha que ensinar não era muito agradável. A casa não tinha espaço para todos. Ele bem que podia estar no templo, num lugar espaçoso, que acomodaria confortavelmente a todos.
Às vezes encontramos dificuldades para irmos à Igreja: Chuva, transporte, indisposição. Mas nós sabemos que é preciso ir. Vamos à igreja porque acreditamos que é necessário. Jesus ordenou que nos reuníssemos, e nos dá a bênção especial de prestigiar todas as nossas reuniões com a sua presença (Mt 18.20). Não desanimemos, pois, com a falta de recursos materiais, mas vamos vencer este obstáculo com fé.
Segundo obstáculo: O conflito entre a teoria e a realidade (5-11)
(Criticar ou abrir o coração?)
Um dia eu fui a uma Igreja Batista numa cidadezinha onde estava trabalhando. Era estudante de teologia e estavam bem frescas na minha mente as informações que tinha aprendido sobre o relevo da palestina. Onde estavam as planícies, qual a extensão do território, quais os montes principais, etc. Acontece que eles cantaram uma música que eu ainda não conhecia, e que dizia assim: “Como em volta de Jerusalém estão os montes, assim é o Senhor em volta do seu povo (...)”. E eu, desconfiado de tudo que não era Igreja Bíblica, logo critiquei em meu coração: “Tá vendo? Eles não conhecem nem geografia bíblica, não sabem que em volta de Jerusalém existem vales, e não montes”. Ainda bem que eu, educadamente, guardei para mim esta crítica, e não comentei com ninguém, porque mais tarde descobri que o ignorante era eu: Os versos que cantavam eram as palavras de Salmos 125.2. Às vezes pensamos que sabemos muito, ou quase tudo, mas a verdade é que sabemos quase nada.
A teologia dos escribas não encaixava na realidade do que estava acontecendo. Temos que tomar cuidado para não nos tornarmos descrentes quando a nossa teologia não bate com a realidade do que estamos vendo. Se não se encaixa, é porque a nossa teologia precisa de revisão. Não somos os donos da verdade. Os escribas tinham este problema: criaram uma teologia que julgavam perfeita. De fato era muito boa, mas tropeçaram na pedra de tropeço. Jesus veio e mostrou que em muitas coisas eles estavam equiocados. E mais tarde, quando os apóstolos exerciam seu ministério, um sábio dentre os judeus, o famoso Gamaliel, disse umas palavras sensatas, admitindo que podiam estar errados: “(...) mas, se é de Deus, não podereis destruí-los, para que não sejais, porventura, achados lutando contra Deus.(...)” (At 5.39)
Jesus aproveitava as oportunidades para ensinar. Ele não queria simplesmente curar o doente, mas ensinar a todos que aquela doença era consequência do pecado, e que, tirar a consequência era equivalente a perdoar os pecados. Houve um outro homem doente, a quem Jesus mandou tomar o seu leito e andar. Mais tarde, encontrando-o no templo, o advertiu: “Olha que já estás curado; não peques mais, para que não te suceda coisa pior.” (Jo 5.14)
Os judeus não acreditavam que Jesus podia perdoar pecados, mesmo diante de tanta evidência, mas sua teologia precisava ser revista: ou Jesus é Deus, ou então não era somente Deus que podia perdoar pecados. Muitas vezes ficamos paralisados, também, diante de fatos da vida que não conseguimos compreender. Não se encaixam em nossa teologia. Mas não enxergamos que a incoerência não está na vontade permissiva de Deus, mas sim em nossa interpretação errada do que achamos ser a sua vontade. Então, não fiquemos paralisados quando não entendemos o porquê das coisas que nos sobrevêm: sejamos humildes a ponto de abrir o coração, pois é possível que a nossa teoria esteja equivocada.
Terceiro Obstáculo: A Inércia de nossa vontade (12)
(Obedecer ou sucumbir na indecisão?)
A primeira lei de Newton afirma que um corpo que está em repouso, tende a permanecer em repouso, a não ser que uma força seja exercida sobre ele. Aplicando isto a nós: às vezes precisamos de um “empurrãozinho”.
Hoje, um paralítico, dependendo do grau de paralisia, pode fazer quase tudo sozinho. A sociedade é regida por leis que procuram facilitar ao máximo a sua vida. Os ônibus têm elevadores, os prédios públicos têm rampas e elevadores próprios, os carros são adaptados e isentos de impostos. Mas há uma paralisia psicológica que muitos de nós temos que enfrentar frequentemente, cuja causa varia desde a simples preguiça até a depressão profunda. Aquele homem em seu leito talvez não quisesse se levantar, ou talvez olhasse para sua condição e não sentisse em seu coração que seria possível obedecer à ordem de Jesus. Fico pensando no que se passava em sua mente entre a primeira declaração de que seus pecados estavam perdoados, e a ordem de se levantar. Quanto tempo deve ter se passado enquanto Jesus discutia com os escribas? Mas para que o ato de Jesus se completasse, ele precisava obedecer à ordem, e ele finalmente se levantou. Quebrou a inércia, e fez o que antes lhe parecia impossível. Este é o princípio da obediência: fazer aquilo que não queremos, ou que achamos que não podemos, ou que não entendemos, confiando somente na sabedoria e no poder daquele que nos ordena. Temos uma batalha feroz entre o espírito e a carne, conforme relatado em Rm 7.22-25:
“22 Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; 23 mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. 24 Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?”
Mas temos a vitória garantida, conforme diz também 1Co 15.55-57:
“Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? 56 O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. 57 Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo.”
Assim, que nós possamos buscar a vida saudável, não somente com relação ao nosso corpo, mas especialmente quanto ao nosso espírito, transpondo os obstáculos de eventuais faltas de recursos materiais, de conflitos entre a teoria e a realidade, e que possamos vencer a inércia de nossa própria vontade, para obedecermos aos mandamentos do Senhor Jesus.
(*) Figura extraída do site http://logosbros.blogspot.com.br/2013/07/serie-milagres-de-jesus-cura-do.html - Acessado em 20/04/2015
quinta-feira, 16 de abril de 2015
(*)
(Leia Mc 1.40-45)
A Prioridade de nossas vidas deve ser satisfazer a vontade do Senhor.
Neste texto nós vemos a história de um homem leproso, que se prostrou diante de Jesus, começando sua súplica com as palavras: “se quiseres...”. Este homem começou bem, mas será que ele conheceu a vontade do Senhor? Podemos destacar aqui três vontades do Senhor para a sua vida:
Primeira Vontade: O Senhor queria que ele fosse limpo.
“40 ¶ Aproximou-se dele um leproso rogando-lhe, de joelhos: Se quiseres, podes purificar-me.
41 Jesus, profundamente compadecido, estendeu a mão, tocou-o e disse-lhe: Quero, fica limpo!
42 No mesmo instante, lhe desapareceu a lepra, e ficou limpo.”
O homem, coberto de lepra, chegou-se humildemente perante Jesus e declarou com fé: “se quiseres, podes purificar-me”, recebendo prontamente a resposta: “Quero, fica limpo!”.
A lepra era uma doença terrível, que naquela época era incurável, e além de afligir o corpo, afligia a alma. Os leprosos eram obrigados a viver à margem da sociedade, e quando alguém se aproximava, eram obrigados a gritar: “somos impuros”. Jesus queria que aquele homem ficasse limpo, não só da lepra, mas também de alma. Ele quer que nós todos sejamos limpos. Em 1Ts 4.1-8 os recém-convertidos tessalonicenses recebem instrução para cumprirem a vontade de Deus, a santificação (v. 3). Que cada um possuísse o próprio corpo em santificação e honra (v. 4), pois o Senhor não os tinha chamado para a impureza (V. 7). A santificação é um ato de Deus em nossas vidas (1Jo 1.7), mas também é nossa responsabilidade (1Jo 1.9; Tg 4.8).
Segunda vontade: O Senhor queria que ele fosse testemunha.
43 Fazendo-lhe, então, veemente advertência, logo o despediu
44 e lhe disse: Olha, não digas nada a ninguém; mas vai, mostra-te ao sacerdote e oferece pela tua purificação o que Moisés determinou, para servir de testemunho ao povo.
É intrigante notar que Jesus, logo após curar o leproso, fica indignado, como se estivesse antecipando sua desobediência. Ainda assim, o instruiu para ir e se mostrar ao sacerdote, oferecendo o sacrifício determinado na lei à qual estava sujeito. Era preciso que fizesse isso para dar testemunho, para mostrar a todos que cumpria toda a lei. Quando Jesus proclama o seu reino, em Mt 5.1-16, declara as bem-aventuranças para os humildes, os que choram, os que são limpos de coração, e logo em seguida adverte aos que querem fazer parte deste reino: “vós sois o sal da terra”, “vós sois a luz do mundo”. “Assim, brilhe também a vossa luz diante dos homens”, para que vejam as vossas boas obras”.
Terceira Vontade: O Senhor queria que ele fosse sensato.
45 Mas, tendo ele saído, entrou a propalar muitas coisas e a divulgar a notícia, a ponto de não mais poder Jesus entrar publicamente em qualquer cidade, mas permanecia fora, em lugares ermos; e de toda parte vinham ter com ele.
Em Eclesiastes 3.1-7, lemos que há tempo de nascer e de morrer, de plantar e de colher, tempo de falar e tempo de se calar. Pedro incentivou as mulheres a ganharem seus maridos sem palavras, deixando-os observarem seu honesto comportamento, cheio de temor (1Pe 3.1,2). O tempo para aquele homem, ao qual Jesus curou, era tempo de ficar calado, mas ele queria pregar (outra possibilidade de tradução para a palavra propalar). Ora, naquele momento, o pregador era Jesus (Mc 1.14, 38, 39). Não era sensato aquele homem tornar-se um pregador, sem antes ser uma testemunha. Ele propalava “muitas coisas”, em outras palavras: ele falava demais. Talvez falasse até coisas incorretas a respeito de Jesus. Este comportamento atrapalhou a obra do Senhor, impedindo-o de entrar publicamente em qualquer cidade, tendo que permanecer fora, em lugares ermos.
Nós que agora somos esclarecidos, que possamos ser limpos, portar-nos como testemunhas, e sermos sensatos, percebendo quando é hora de falar e quando é hora de se calar, conforme a vontade do Senhor, para sermos úteis na sua grande obra.
(*) Fonte da Imagem: http://www.goodsalt.com/details/prcas1429.html Acessado em 16/04/2015
(Leia Mc 1.40-45)
A Prioridade de nossas vidas deve ser satisfazer a vontade do Senhor.
Neste texto nós vemos a história de um homem leproso, que se prostrou diante de Jesus, começando sua súplica com as palavras: “se quiseres...”. Este homem começou bem, mas será que ele conheceu a vontade do Senhor? Podemos destacar aqui três vontades do Senhor para a sua vida:
Primeira Vontade: O Senhor queria que ele fosse limpo.
“40 ¶ Aproximou-se dele um leproso rogando-lhe, de joelhos: Se quiseres, podes purificar-me.
41 Jesus, profundamente compadecido, estendeu a mão, tocou-o e disse-lhe: Quero, fica limpo!
42 No mesmo instante, lhe desapareceu a lepra, e ficou limpo.”
O homem, coberto de lepra, chegou-se humildemente perante Jesus e declarou com fé: “se quiseres, podes purificar-me”, recebendo prontamente a resposta: “Quero, fica limpo!”.
A lepra era uma doença terrível, que naquela época era incurável, e além de afligir o corpo, afligia a alma. Os leprosos eram obrigados a viver à margem da sociedade, e quando alguém se aproximava, eram obrigados a gritar: “somos impuros”. Jesus queria que aquele homem ficasse limpo, não só da lepra, mas também de alma. Ele quer que nós todos sejamos limpos. Em 1Ts 4.1-8 os recém-convertidos tessalonicenses recebem instrução para cumprirem a vontade de Deus, a santificação (v. 3). Que cada um possuísse o próprio corpo em santificação e honra (v. 4), pois o Senhor não os tinha chamado para a impureza (V. 7). A santificação é um ato de Deus em nossas vidas (1Jo 1.7), mas também é nossa responsabilidade (1Jo 1.9; Tg 4.8).
Segunda vontade: O Senhor queria que ele fosse testemunha.
43 Fazendo-lhe, então, veemente advertência, logo o despediu
44 e lhe disse: Olha, não digas nada a ninguém; mas vai, mostra-te ao sacerdote e oferece pela tua purificação o que Moisés determinou, para servir de testemunho ao povo.
É intrigante notar que Jesus, logo após curar o leproso, fica indignado, como se estivesse antecipando sua desobediência. Ainda assim, o instruiu para ir e se mostrar ao sacerdote, oferecendo o sacrifício determinado na lei à qual estava sujeito. Era preciso que fizesse isso para dar testemunho, para mostrar a todos que cumpria toda a lei. Quando Jesus proclama o seu reino, em Mt 5.1-16, declara as bem-aventuranças para os humildes, os que choram, os que são limpos de coração, e logo em seguida adverte aos que querem fazer parte deste reino: “vós sois o sal da terra”, “vós sois a luz do mundo”. “Assim, brilhe também a vossa luz diante dos homens”, para que vejam as vossas boas obras”.
Terceira Vontade: O Senhor queria que ele fosse sensato.
45 Mas, tendo ele saído, entrou a propalar muitas coisas e a divulgar a notícia, a ponto de não mais poder Jesus entrar publicamente em qualquer cidade, mas permanecia fora, em lugares ermos; e de toda parte vinham ter com ele.
Em Eclesiastes 3.1-7, lemos que há tempo de nascer e de morrer, de plantar e de colher, tempo de falar e tempo de se calar. Pedro incentivou as mulheres a ganharem seus maridos sem palavras, deixando-os observarem seu honesto comportamento, cheio de temor (1Pe 3.1,2). O tempo para aquele homem, ao qual Jesus curou, era tempo de ficar calado, mas ele queria pregar (outra possibilidade de tradução para a palavra propalar). Ora, naquele momento, o pregador era Jesus (Mc 1.14, 38, 39). Não era sensato aquele homem tornar-se um pregador, sem antes ser uma testemunha. Ele propalava “muitas coisas”, em outras palavras: ele falava demais. Talvez falasse até coisas incorretas a respeito de Jesus. Este comportamento atrapalhou a obra do Senhor, impedindo-o de entrar publicamente em qualquer cidade, tendo que permanecer fora, em lugares ermos.
Nós que agora somos esclarecidos, que possamos ser limpos, portar-nos como testemunhas, e sermos sensatos, percebendo quando é hora de falar e quando é hora de se calar, conforme a vontade do Senhor, para sermos úteis na sua grande obra.
(*) Fonte da Imagem: http://www.goodsalt.com/details/prcas1429.html Acessado em 16/04/2015
sábado, 11 de abril de 2015
Serviço e Oração
Mc 1.29-39
NÓS ESCOLHEMOS O NÍVEL DE RELACIONAMENTO QUE TEREMOS COM JESUS.
UM RELACIONAMENTO EM QUE SE TOMA A DECISÃO DE SERVIR A CRISTO PODE SE DAR EM PELO MENOS TRÊS NÍVEIS:
1º NÍVEL: SERVIÇO POR NATURALIDADE (29-31)
(DEPENDE DE NOSSO CARÁTER)
29 ¶ E, saindo eles da sinagoga, foram, com Tiago e João, diretamente para a casa de Simão e André.
30 A sogra de Simão achava-se acamada, com febre; e logo lhe falaram a respeito dela.
31 Então, aproximando-se, tomou-a pela mão; e a febre a deixou, passando ela a servi-los.
Jesus curou a sogra de Pedro, e ela passou a servir os que estavam na casa. Porque começou a servir? Porque era isso que ela sempre fazia, era natural que uma mulher servisse os hóspedes, a ainda hoje é assim. É natural também que, fazendo parte de uma igreja, façamos algo voluntariamente, sempre que percebemos a necessidade. Seja “puxar” a água com o rodo num dia de chuva, ou fazer o café, ou trazer bolachas, ou cuidar das crianças, ou carregar os instrumentos, ou varrer o chão, ou dar carona para alguém, e muitas outras atividades que fazemos com naturalidade, porque temos o caráter de servos. Quando uma pessoa vem nos agradecer, dizendo obrigado, respondemos: de nada, o que quer dizer: não fiz nada de mais, você não precisa agradecer, eu sinto que é o meu dever servi-lo. Vamos usar os dons que temos, as habilidades naturais, a formação que tivemos, para servirmos a Jesus e também uns aos outros.
2º NÍVEL: SERVIÇO POR NECESSIDADE (32-34)
(DEPENDE DE NOSSA FÉ)
32 À tarde, ao cair do sol, trouxeram a Jesus todos os enfermos e endemoninhados.
33 Toda a cidade estava reunida à porta.
34 E ele curou muitos doentes de toda sorte de enfermidades; também expeliu muitos demônios, não lhes permitindo que falassem, porque sabiam quem ele era.
Uma multidão veio à frente da casa de Pedro, ao cair da tarde, pessoas que queriam ser curadas de suas enfermidades e libertadas dos demônios que as atormentavam. Eles esperaram o cair da tarde, provavelmente para não violar o sábado. Acho que foi um grande esforço da parte deles. De noite, sem acomodações adequadas, sem lugar para comprar alimentos, uma longa espera na fila até conseguirem chegar a Jesus, mas valia a pena este serviço, pois Jesus curava todos os que lhe pediam. Este é o segundo nível de relacionamento. É quando passamos a buscar e servir com mais fervor, porque temos fé que, servindo ao Senhor, seremos curados de nossas doenças e libertados de nossos tormentos. Dizem que alguns vem a Jesus pelo amor, outros pela dor. É verdade. O que levou você a servir Jesus da maneira como tem servido hoje? Talvez estivesse com uma doença grave, ou então estivesse passando por uma profunda crise de depressão, ou dificuldades financeiras. Se a dor nos levou a servir com mais intensidade ao Senhor, demos glória! O que parecia ser mal, tornou-se em bem! Só devemos tomar cuidado para que, aliviada a dor e resolvidos os problemas, nós não nos afastemos novamente.
3º NÍVEL: SERVIÇO POR DIRECIONAMENTO (35-39)
(DEPENDE DE NOSSAS ORAÇÕES)
35 Tendo-se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto e ali orava.
36 Procuravam-no diligentemente Simão e os que com ele estavam.
37 Tendo-o encontrado, lhe disseram: Todos te buscam.
38 Jesus, porém, lhes disse: Vamos a outros lugares, às povoações vizinhas, a fim de que eu pregue também ali, pois para isso é que eu vim.
39 Então, foi por toda a Galiléia, pregando nas sinagogas deles e expelindo os demônios.
O serviço por direcionamento é o terceiro nível de relacionamento que precisamos atingir. Um nível superior de serviço que depende inteiramente do direcionamento do Senhor. Podemos gastar nossas energias, nosso tempo e nosso dinheiro em muitas coisas desnecessárias, achando que estamos fazendo o melhor para o Senhor, mas se não formos bem direcionados, podemos até trabalhar em vão. Já ouvi muitas vezes pessoas dizerem que ao orar, estamos falando com Deus e, ao ler a Bíblia, Deus está falando conosco. É verdade, mas há uma outra verdade ainda: quando oramos, Deus também fala conosco. Por isso é tão importante observarmos um tempo diário de oração silenciosa, solitária, porque Deus quer falar em nossos corações coisas que nunca ouviríamos de outra forma.
Vejam como Jesus nos deu o exemplo, retirando-se de madrugada, no horário que tinha disponível, para orar. Depois da oração foi que ele decidiu qual seria seu próximo passo: “Vamos a outros lugares, às povoações vizinhas, a fim de que eu pregue também ali”
Quero perguntar agora: como está a sua vida de oração? Eu quero, com estas palavras, incentivar os irmãos a começarem, manterem e intensificarem a prática da “hora silenciosa”. Eu creio que o Senhor quer nos instruir muito mais do que temos sido instruídos, e isto depende de nossas orações, de nossa disposição para servir neste superior nível de relacionamento.
quinta-feira, 9 de abril de 2015
ESPÍRITOS
(Leia Mc 1.23-28)
Os espíritos imundos estão no mundo, tentando cegar o entendimento das pessoas, para que não creiam no evangelho e se convertam. No tempo em que Jesus exerceu seu ministério terreno, já era assim. Os espíritos imundos não respeitavam limites, pois tomavam posse de homens, entravam nas sinagogas, colocavam em dúvida as verdades de Deus.
Quando Jesus entrou na sinagoga de Cafarnaum, para ensinar, havia um homem, movido por um espírito imundo, tentando atrapalhar a reunião. Ele estava “infiltrado” entre aqueles que buscavam conhecer a palavra de Deus. Será que ele tinha o hábito de ir lá? Quantas palavras já teria dito em muitas reuniões, procurando desviar o povo das verdades que as escrituras tinham a dizer! Fomos alertados para o fato de que os espíritos imundos atuam nas congregações, quando Jesus contou a parábola do joio e do trigo, e das aves do céu que se aninhavam nos ramos da árvore do Reino, e do fermento escondido na farinha que produzia o pão (Mt 13.24-33).
Quando Jesus entrou, o espírito imundo percebeu a ameaça, e logo o confrontou. Mas, estranhamente, não tentou blasfemar contra ele. Usou, antes, outra estratégia, procurou aparentar sabedoria. Disse uma verdade: que Jesus é o Santo de Deus. Disse, porém, de forma que chamasse a atenção para si, iniciando sua afirmação com a frase: “bem sei” ou, como poderia ter sido traduzido: “eu vejo”. Falando desta forma, a ênfase recai, não sobre o que ele dizia, mas sobre quem dizia, ostentando-se, assim, como uma pessoa que sabe das coisas, que tem uma grande percepção.
É interessante notar que Pedro, falando pelos apóstolos, possivelmente na mesma ocasião (vide Jo 6.59,65,69,70), disse as mesmas palavras que o espírito imundo: “tu és o santo de Deus”. Mas Pedro não foi repreendido por Jesus, porque dizia algo que lhe foi revelado pelo espírito de Deus, como também em Mt 16.17, quando confessa que Jesus é o Cristo. Nesta ocasião, Jesus disse que Simão Pedro era bem-aventurado, porque quem lhe revelou foi o Pai que está nos céus.
Quando o espírito imundo pergunta: “vieste para perder-nos (banir-nos)?”, lançava dúvidas sobre os ouvintes. É como no caso em que tentou Eva, no Éden, distorcendo a ordem de Deus: “não comereis de toda árvore do jardim?”. Porque ainda não era o tempo de Jesus banir os espíritos imundos, eles sabiam, mas queriam lançar dúvidas sobre os ouvintes e, se possível fora, sobre o próprio Jesus. Os que estavam na sinagoga podiam pensar: “não seria bom se eles fossem banidos neste momento?” Mas isto significaria o reino fora do tempo, como os judeus queriam: libertação dos inimigos, mas sem conversão.
Quando recebeu a ordem de deixar aquele homem, o espírito não tinha outra opção senão obedecer, mas aproveitou-se da situação, procurando sair “em grande estilo”, fazendo espetáculo, de forma que a atenção do povo se voltou para o poder que os demônios tinham para atormentar um homem, e sobre o poder que Jesus tinha para expulsar demônios. Ora, Jesus queria que o povo buscasse cura para sua doença espiritual. Mas o espírito imundo tinha interesse em dar outra fama a Jesus, para atrapalhar o seu trabalho. Enquanto estava ocupado em curar e expulsar demônios, a mensagem do evangelho era postergada. Em Mc 1.45 vemos que a fama impediu Jesus de entrar publicamente nas cidades. Lc 5.16 diz que ele se retirava para lugares solitários e orava.
Ainda hoje os espíritos imundos estão trabalhando para cegar os homens, para que não se arrependam e, assim, não sejam salvos. Os lugares em que os cristãos se reúnem, hoje, para estudar a palavra de Deus, não são chamados sinagogas, e sim igrejas. Em Apocalipse tomamos conhecimento de que existem sinagogas controladas por Satanás (Ap 2.9; 3.9). É possível que igrejas, hoje, também sejam controladas por espíritos imundos. A Bíblia afirma que nós, os que nascemos de novo, temos o Espírito de Deus habitando em nosso corpo, mas também nos adverte para não entristecermos o Espírito (Ef 4.30), e para fugirmos da impureza (1Co 6.18), em respeito ao Espírito que habita neste santuário, que é o nosso corpo. Devemos, então, ficar atentos: outros espíritos concorrem com o Espírito Santo para assumirem o controle do que fazemos por intermédio do nosso corpo. Até o nosso próprio espírito, que é pecaminoso, nos induz ao pecado, e também não estamos imunes às influências dos espíritos imundos. Quando estivermos diante da próxima tentação, vamos nos perguntar: qual é o espírito que está nos induzindo a agir? A qual espírito vamos, finalmente, dar ouvidos?
domingo, 5 de abril de 2015
A RESSURREIÇÃO E A NOSSA FÉ
(Leia Lucas 24.1-12)
A Bíblia nos diz que “a fé é a certeza das coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêm” (Hb 11.1). “A ciência biológica nos diz que a fé é o resultado de interconexão de diversas regiões cerebrais. Foi demonstrado que orações repetidas diminuem os batimentos cardíacos e o ritmo da respiração, baixam a pressão sanguínea e reduzem a velocidade das ondas cerebrais” (Profª. Célia Maria Dias Madruga – Jornal CRMPB – edição 63 – julho/ago 2005).
A fé, por si mesma, tem muito poder, mas a fé que está firmada na verdade da Palavra de Deus é a que mais importa, porque tem poder para nos abrir o caminho da salvação eterna.
No texto sugerido para leitura, nós vemos que as mulheres foram, alta madrugada, ao túmulo de Jesus, levando aromas para cuidar do seu corpo. Uma coisa, porém, certamente as incomodava: como entrariam, se havia uma enorme pedra, pesando cerca de duas toneladas, fechando a entrada? O que me deixa admirado é o fato de que elas não ficaram inertes diante deste obstáculo. Corriam o risco de perder a viagem, o tempo, os caros aromas, mas foram assim mesmo, demonstrando um tipo de fé que eu chamarei de “fé que age”.
Será que nós também temos este tipo de fé? Uma fé que nos leva a agirmos, mesmo diante de uma situação desencorajadora? Nós vamos à Igreja, esforçando-nos para chegarmos no horário, mesmo sabendo que, provavelmente a igreja estará vazia? Nós criamos coragem e falamos de Cristo para alguém que, muito provavelmente, vai nos rejeitar, assim como à mensagem que pregamos? Este é um tipo de fé que é bom termos: a fé que age.
Continuando a leitura do texto, nós vemos que Deus as recompensou por sua fé. Ao chegarem, a pedra já estava removida. Mas não puderam fazer o trabalho a que se propuseram, pois o corpo de Jesus não estava mais lá. Perplexas a respeito do ocorrido, foram orientadas por dois anjos a buscarem um segundo tipo de fé: A “fé que se lembra” das palavras do Senhor. Elas precisavam lembrar do que o Senhor tinha dito desde o começo: que, depois de padecer pelos nossos pecados, ressuscitaria. Este tipo de fé depende muito de nossa mente, criada por Deus, a qual pode guardar uma quantidade praticamente infinita de informações. Como estamos usando esta maravilhosa ferramenta? Quais informações temos guardado nesta gigantesca memória? Aqui em nossa Igreja Bíblica de São José do Rio Preto, todos os sábados, às três da tarde, nos reunimos para as atividades do clube OANSE, onde incentivamos as crianças a memorizar a Palavra de Deus; os que estão se preparando para o batismo, se esforçam para decorar sete versículos, que acompanham os “sete passos para a salvação”; quando alguns de nós estudamos, no IBE, o curso de “evangelização pessoal”, fomos levados a decorar 50 versículos. Estas atividades são boas, saudáveis, nos ajudam a lembrar das palavras do Senhor, para que também tenhamos este tipo de fé.
Saindo do túmulo, as mulheres correram para contar aos apóstolos tudo o que tinha acontecido. Eles não acreditaram, acharam que era um delírio. Mas Pedro, neste momento, revelou um terceiro tipo de fé: a “fé que investiga”, que verifica se as coisas são de fato como se tem dito. Ele correu ao sepulcro, viu o túmulo vazio, e os lençóis de linho que antes envolviam o corpo do Senhor. Esta fé recebeu recompensa, pois, como podemos ver em Lc 24.34, o Senhor apareceu a Simão Pedro, provavelmente no retorno desta corrida. Este tipo de fé encontramos também nos bereanos, habitantes de uma cidade ao sul de Tessalônica, os quais, segundo At 17.11, examinaram as escrituras para confirmar a pregação de Paulo. Lewis Wallace, escritor do livro que inspirou o filme Ben-Hur, livro que teve sua primeira edição no ano de 1880, começou a fazer uma pesquisa para provar que Jesus Cristo nunca existiu. Depois de dois anos de pesquisa, ele se convenceu, não só de que Jesus era um personagem histórico, mas de que era realmente o Filho de Deus, e abriu seu coração totalmente para Cristo. Simon Greenleaf, jurista e professor da Universidade Harvard, autor da obra de três volumes intitulada Treatise on the Law of Evidence (Um Tratado da Lei da Evidência), publicada entre 1842 e 1853, também investigou a veracidade histórica da ressurreição de Cristo, chegando à conclusão de que qualquer pessoa, examinando honestamente, como num tribunal, o fato da ressurreição, reconheceria que ela está amplamente provada.
Investigar, conferir, averiguar, nem sempre denotam falta de fé, mas podem indicar o contrário.
Que nós possamos crer na ressurreição de Jesus e desenvolver, em nossas vidas, pelo menos estes três tipos de fé: a fé que age, mesmo em circunstâncias desencorajadoras, a fé que se lembra das palavras do Senhor, e a fé que investiga para ver se, de fato, as coisas são como foram ditas, e junto com isso, atendermos à recomendação: “desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor” (Fp 2.12).
Algumas fontes consultadas:
http://www.portalmedico.org.br/Regional/crmpb/jornalcrmpb/ano2005/jul-ago/fe_medic.htm – Acesso em 04/04/2015
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lew_Wallace – Acesso em 04/04/2015
http://en.wikipedia.org/wiki/Testimony_of_the_Evangelists – Acesso em 04/04/2015
(Leia Lucas 24.1-12)
A Bíblia nos diz que “a fé é a certeza das coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêm” (Hb 11.1). “A ciência biológica nos diz que a fé é o resultado de interconexão de diversas regiões cerebrais. Foi demonstrado que orações repetidas diminuem os batimentos cardíacos e o ritmo da respiração, baixam a pressão sanguínea e reduzem a velocidade das ondas cerebrais” (Profª. Célia Maria Dias Madruga – Jornal CRMPB – edição 63 – julho/ago 2005).
A fé, por si mesma, tem muito poder, mas a fé que está firmada na verdade da Palavra de Deus é a que mais importa, porque tem poder para nos abrir o caminho da salvação eterna.
No texto sugerido para leitura, nós vemos que as mulheres foram, alta madrugada, ao túmulo de Jesus, levando aromas para cuidar do seu corpo. Uma coisa, porém, certamente as incomodava: como entrariam, se havia uma enorme pedra, pesando cerca de duas toneladas, fechando a entrada? O que me deixa admirado é o fato de que elas não ficaram inertes diante deste obstáculo. Corriam o risco de perder a viagem, o tempo, os caros aromas, mas foram assim mesmo, demonstrando um tipo de fé que eu chamarei de “fé que age”.
Será que nós também temos este tipo de fé? Uma fé que nos leva a agirmos, mesmo diante de uma situação desencorajadora? Nós vamos à Igreja, esforçando-nos para chegarmos no horário, mesmo sabendo que, provavelmente a igreja estará vazia? Nós criamos coragem e falamos de Cristo para alguém que, muito provavelmente, vai nos rejeitar, assim como à mensagem que pregamos? Este é um tipo de fé que é bom termos: a fé que age.
Continuando a leitura do texto, nós vemos que Deus as recompensou por sua fé. Ao chegarem, a pedra já estava removida. Mas não puderam fazer o trabalho a que se propuseram, pois o corpo de Jesus não estava mais lá. Perplexas a respeito do ocorrido, foram orientadas por dois anjos a buscarem um segundo tipo de fé: A “fé que se lembra” das palavras do Senhor. Elas precisavam lembrar do que o Senhor tinha dito desde o começo: que, depois de padecer pelos nossos pecados, ressuscitaria. Este tipo de fé depende muito de nossa mente, criada por Deus, a qual pode guardar uma quantidade praticamente infinita de informações. Como estamos usando esta maravilhosa ferramenta? Quais informações temos guardado nesta gigantesca memória? Aqui em nossa Igreja Bíblica de São José do Rio Preto, todos os sábados, às três da tarde, nos reunimos para as atividades do clube OANSE, onde incentivamos as crianças a memorizar a Palavra de Deus; os que estão se preparando para o batismo, se esforçam para decorar sete versículos, que acompanham os “sete passos para a salvação”; quando alguns de nós estudamos, no IBE, o curso de “evangelização pessoal”, fomos levados a decorar 50 versículos. Estas atividades são boas, saudáveis, nos ajudam a lembrar das palavras do Senhor, para que também tenhamos este tipo de fé.
Saindo do túmulo, as mulheres correram para contar aos apóstolos tudo o que tinha acontecido. Eles não acreditaram, acharam que era um delírio. Mas Pedro, neste momento, revelou um terceiro tipo de fé: a “fé que investiga”, que verifica se as coisas são de fato como se tem dito. Ele correu ao sepulcro, viu o túmulo vazio, e os lençóis de linho que antes envolviam o corpo do Senhor. Esta fé recebeu recompensa, pois, como podemos ver em Lc 24.34, o Senhor apareceu a Simão Pedro, provavelmente no retorno desta corrida. Este tipo de fé encontramos também nos bereanos, habitantes de uma cidade ao sul de Tessalônica, os quais, segundo At 17.11, examinaram as escrituras para confirmar a pregação de Paulo. Lewis Wallace, escritor do livro que inspirou o filme Ben-Hur, livro que teve sua primeira edição no ano de 1880, começou a fazer uma pesquisa para provar que Jesus Cristo nunca existiu. Depois de dois anos de pesquisa, ele se convenceu, não só de que Jesus era um personagem histórico, mas de que era realmente o Filho de Deus, e abriu seu coração totalmente para Cristo. Simon Greenleaf, jurista e professor da Universidade Harvard, autor da obra de três volumes intitulada Treatise on the Law of Evidence (Um Tratado da Lei da Evidência), publicada entre 1842 e 1853, também investigou a veracidade histórica da ressurreição de Cristo, chegando à conclusão de que qualquer pessoa, examinando honestamente, como num tribunal, o fato da ressurreição, reconheceria que ela está amplamente provada.
Investigar, conferir, averiguar, nem sempre denotam falta de fé, mas podem indicar o contrário.
Que nós possamos crer na ressurreição de Jesus e desenvolver, em nossas vidas, pelo menos estes três tipos de fé: a fé que age, mesmo em circunstâncias desencorajadoras, a fé que se lembra das palavras do Senhor, e a fé que investiga para ver se, de fato, as coisas são como foram ditas, e junto com isso, atendermos à recomendação: “desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor” (Fp 2.12).
Algumas fontes consultadas:
http://www.portalmedico.org.br/Regional/crmpb/jornalcrmpb/ano2005/jul-ago/fe_medic.htm – Acesso em 04/04/2015
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lew_Wallace – Acesso em 04/04/2015
http://en.wikipedia.org/wiki/Testimony_of_the_Evangelists – Acesso em 04/04/2015
quinta-feira, 2 de abril de 2015
ESTÁ FALTANDO ALGO
(Leia Mc 1.14-22)
Quando Deus criou o homem e a mulher, olhou sua criação e viu que era muito bom. Mas o homem afastou-se de Deus e por isso agora está sempre em falta perante ele, o criador. Deus não está contente com a humanidade. Em sua primeira vinda, Jesus foi a voz de Deus para dizer ao homem que, para agradá-lo, ainda lhe faltava alguma coisa. No texto sugerido para leitura, ao observar a humanidade, em três situações Jesus notou que faltava algo:
1ª SITUAÇÃO: AO POVO FALTAVA ARREPENDIMENTO E FÉ (14,15)
O povo andava em trevas. Fazia, talvez, seus sacrifícios, ia às festas religiosas e frequentava as sinagogas. Outros não iam. Talvez estivessem já sem paciência por causa daqueles que se diziam religiosos mas eram, na verdade, hipócritas. Jesus viu este povo e soube que precisava se arrepender, e crer no evangelho. Como diria Paul Washer, “é verdade que quando nós ouvimos o Evangelho, tem que haver um momento na nossa história, no qual nós nos arrependemos e cremos; e (…) a evidência de que você se arrependeu uma vez no passado, é que você continua se arrependendo hoje. E a evidência de que um dia você creu para salvação, é que você continua crendo hoje.” (*)
2ª SITUAÇÃO: AOS FUTUROS APÓSTOLOS, FALTAVA ABANDONAR TUDO E SEGUIR JESUS (16-20)
Simão Pedro e André, Tiago e João (pelo menos dois deles) eram discípulos de João Batista, já estavam buscando o caminho do Senhor. Já tinham se arrependido e crido no evangelho de João Batista. Mas foram chamados por Deus para uma obra especial, e para servir nesta obra, lhes faltava uma coisa: abandonar tudo e seguir Jesus. Mais tarde, o Mestre ainda disse que “(…) Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás é apto para o reino de Deus.” (Lc 9.62)
3ª SITUAÇÃO: AOS ESCRIBAS, FALTAVA AUTORIDADE (21,22)
Jesus entrou na sinagoga para ensinar, e provavelmente ouviu as preleções dos escribas, que tinham muito conhecimento das escrituras, mas ensinavam de maneira formal e superficial, sem atingir o problema das pessoas em seu dia a dia. Então ele ensinou, falando ao coração dos seus ouvintes, mostrando que entendia o que se passava em suas mentes, e provocando neles admiração, pois “ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas”.
Para o educador Paulo Freire, “a falta de qualificação profissional e competência faz com que o professor perca a autoridade diante da sala de aula, pois sem os subsídios acadêmicos e preparos adequados para o ensino, a educação proposta não será possível.” (**). Os educadores cristãos, além de qualificação e competência, devem ter uma vida transparente e santa, sob a pena de não conquistarem ou perderem sua autoridade.
Concluindo nossa meditação, lembremos de que uma vez certo homem perguntou a Jesus: “que farei para herdar a vida eterna?” e recebeu como resposta: “(...) Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não dirás falso testemunho, não defraudarás ninguém, honra a teu pai e tua mãe.” Então o homem protestou: “tudo isso tenho observado desde a minha juventude.” “E Jesus, fitando-o, o amou e disse: Só uma coisa te falta (...)” (Mc 10.17-21)
Jesus está olhando para mim e para você neste momento. O que ele diria? O que é que nos falta? Falta arrependermo-nos e crermos no evangelho? Falta andar de acordo com a fé que professamos? Terá o Senhor nos chamado para uma obra, e falta deixarmos as coisas do mundo para o servirmos integralmente? Falta-nos qualificação ou moral para dizermos às pessoas: “arrependam-se e creiam no evangelho”? Que possamos, hoje, responder a estas e outras perguntas, e sermos completos para o Senhor, nada nos faltando para agradá-lo.
“Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes.” (Tiago 1.4)
( *) Paul Washer - transcrição da pregação proferida na manhã do dia 4 de março de 2014, Na 16ª Conferência Consciência Cristã – VINACC. João Pessoa–PB, Brasil – disponível em http://oestandartedecristo.com/2014/03/08/arrependei-vos-e-crede-no-evangelho-paul-david-washer/ - Acesso em 27/03/2015
(**) Pedagogia da Autonomia - Resenha Crítica Por: Nadine Comaneci Barros Mota, disponível em http://www.isepnet.com.br/website/fala_professor/artigos/RESENHA_PEDAGOGIA_AUTONOMIA.pdf - Acesso em 27/03/2015
(Leia Mc 1.14-22)
Quando Deus criou o homem e a mulher, olhou sua criação e viu que era muito bom. Mas o homem afastou-se de Deus e por isso agora está sempre em falta perante ele, o criador. Deus não está contente com a humanidade. Em sua primeira vinda, Jesus foi a voz de Deus para dizer ao homem que, para agradá-lo, ainda lhe faltava alguma coisa. No texto sugerido para leitura, ao observar a humanidade, em três situações Jesus notou que faltava algo:
1ª SITUAÇÃO: AO POVO FALTAVA ARREPENDIMENTO E FÉ (14,15)
O povo andava em trevas. Fazia, talvez, seus sacrifícios, ia às festas religiosas e frequentava as sinagogas. Outros não iam. Talvez estivessem já sem paciência por causa daqueles que se diziam religiosos mas eram, na verdade, hipócritas. Jesus viu este povo e soube que precisava se arrepender, e crer no evangelho. Como diria Paul Washer, “é verdade que quando nós ouvimos o Evangelho, tem que haver um momento na nossa história, no qual nós nos arrependemos e cremos; e (…) a evidência de que você se arrependeu uma vez no passado, é que você continua se arrependendo hoje. E a evidência de que um dia você creu para salvação, é que você continua crendo hoje.” (*)
2ª SITUAÇÃO: AOS FUTUROS APÓSTOLOS, FALTAVA ABANDONAR TUDO E SEGUIR JESUS (16-20)
Simão Pedro e André, Tiago e João (pelo menos dois deles) eram discípulos de João Batista, já estavam buscando o caminho do Senhor. Já tinham se arrependido e crido no evangelho de João Batista. Mas foram chamados por Deus para uma obra especial, e para servir nesta obra, lhes faltava uma coisa: abandonar tudo e seguir Jesus. Mais tarde, o Mestre ainda disse que “(…) Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás é apto para o reino de Deus.” (Lc 9.62)
3ª SITUAÇÃO: AOS ESCRIBAS, FALTAVA AUTORIDADE (21,22)
Jesus entrou na sinagoga para ensinar, e provavelmente ouviu as preleções dos escribas, que tinham muito conhecimento das escrituras, mas ensinavam de maneira formal e superficial, sem atingir o problema das pessoas em seu dia a dia. Então ele ensinou, falando ao coração dos seus ouvintes, mostrando que entendia o que se passava em suas mentes, e provocando neles admiração, pois “ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas”.
Para o educador Paulo Freire, “a falta de qualificação profissional e competência faz com que o professor perca a autoridade diante da sala de aula, pois sem os subsídios acadêmicos e preparos adequados para o ensino, a educação proposta não será possível.” (**). Os educadores cristãos, além de qualificação e competência, devem ter uma vida transparente e santa, sob a pena de não conquistarem ou perderem sua autoridade.
Concluindo nossa meditação, lembremos de que uma vez certo homem perguntou a Jesus: “que farei para herdar a vida eterna?” e recebeu como resposta: “(...) Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não dirás falso testemunho, não defraudarás ninguém, honra a teu pai e tua mãe.” Então o homem protestou: “tudo isso tenho observado desde a minha juventude.” “E Jesus, fitando-o, o amou e disse: Só uma coisa te falta (...)” (Mc 10.17-21)
Jesus está olhando para mim e para você neste momento. O que ele diria? O que é que nos falta? Falta arrependermo-nos e crermos no evangelho? Falta andar de acordo com a fé que professamos? Terá o Senhor nos chamado para uma obra, e falta deixarmos as coisas do mundo para o servirmos integralmente? Falta-nos qualificação ou moral para dizermos às pessoas: “arrependam-se e creiam no evangelho”? Que possamos, hoje, responder a estas e outras perguntas, e sermos completos para o Senhor, nada nos faltando para agradá-lo.
“Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes.” (Tiago 1.4)
( *) Paul Washer - transcrição da pregação proferida na manhã do dia 4 de março de 2014, Na 16ª Conferência Consciência Cristã – VINACC. João Pessoa–PB, Brasil – disponível em http://oestandartedecristo.com/2014/03/08/arrependei-vos-e-crede-no-evangelho-paul-david-washer/ - Acesso em 27/03/2015
(**) Pedagogia da Autonomia - Resenha Crítica Por: Nadine Comaneci Barros Mota, disponível em http://www.isepnet.com.br/website/fala_professor/artigos/RESENHA_PEDAGOGIA_AUTONOMIA.pdf - Acesso em 27/03/2015
Assinar:
Postagens (Atom)