domingo, 5 de abril de 2015

A RESSURREIÇÃO E A NOSSA FÉ
(Leia Lucas 24.1-12)
A Bíblia nos diz que “a fé é a certeza das coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêm” (Hb 11.1). “A ciência biológica nos diz que a fé é o resultado de interconexão de diversas regiões cerebrais. Foi demonstrado que orações repetidas diminuem os batimentos cardíacos e o ritmo da respiração, baixam a pressão sanguínea e reduzem a velocidade das ondas cerebrais” (Profª. Célia Maria Dias Madruga – Jornal CRMPB – edição 63 – julho/ago 2005).
A fé, por si mesma, tem muito poder, mas a fé que está firmada na verdade da Palavra de Deus é a que mais importa, porque tem poder para nos abrir o caminho da salvação eterna.
No texto sugerido para leitura, nós vemos que as mulheres foram, alta madrugada, ao túmulo de Jesus, levando aromas para cuidar do seu corpo. Uma coisa, porém, certamente as incomodava: como entrariam, se havia uma enorme pedra, pesando cerca de duas toneladas, fechando a entrada? O que me deixa admirado é o fato de que elas não ficaram inertes diante deste obstáculo. Corriam o risco de perder a viagem, o tempo, os caros aromas, mas foram assim mesmo, demonstrando um tipo de fé que eu chamarei de “fé que age”.
Será que nós também temos este tipo de fé? Uma fé que nos leva a agirmos, mesmo diante de uma situação desencorajadora? Nós vamos à Igreja, esforçando-nos para chegarmos no horário, mesmo sabendo que, provavelmente a igreja estará vazia? Nós criamos coragem e falamos de Cristo para alguém que, muito provavelmente, vai nos rejeitar, assim como à mensagem que pregamos? Este é um tipo de fé que é bom termos: a fé que age.
Continuando a leitura do texto, nós vemos que Deus as recompensou por sua fé. Ao chegarem, a pedra já estava removida. Mas não puderam fazer o trabalho a que se propuseram, pois o corpo de Jesus não estava mais lá. Perplexas a respeito do ocorrido, foram orientadas por dois anjos a buscarem um segundo tipo de fé: A “fé que se lembra” das palavras do Senhor. Elas precisavam lembrar do que o Senhor tinha dito desde o começo: que, depois de padecer pelos nossos pecados, ressuscitaria. Este tipo de fé depende muito de nossa mente, criada por Deus, a qual pode guardar uma quantidade praticamente infinita de informações. Como estamos usando esta maravilhosa ferramenta? Quais informações temos guardado nesta gigantesca memória? Aqui em nossa Igreja Bíblica de São José do Rio Preto, todos os sábados, às três da tarde, nos reunimos para as atividades do clube OANSE, onde incentivamos as crianças a memorizar a Palavra de Deus; os que estão se preparando para o batismo, se esforçam para decorar sete versículos, que acompanham os “sete passos para a salvação”; quando alguns de nós estudamos, no IBE, o curso de “evangelização pessoal”, fomos levados a decorar 50 versículos. Estas atividades são boas, saudáveis, nos ajudam a lembrar das palavras do Senhor, para que também tenhamos este tipo de fé.
Saindo do túmulo, as mulheres correram para contar aos apóstolos tudo o que tinha acontecido. Eles não acreditaram, acharam que era um delírio. Mas Pedro, neste momento, revelou um terceiro tipo de fé: a “fé que investiga”, que verifica se as coisas são de fato como se tem dito. Ele correu ao sepulcro, viu o túmulo vazio, e os lençóis de linho que antes envolviam o corpo do Senhor. Esta fé recebeu recompensa, pois, como podemos ver em Lc 24.34, o Senhor apareceu a Simão Pedro, provavelmente no retorno desta corrida. Este tipo de fé encontramos também nos bereanos, habitantes de uma cidade ao sul de Tessalônica, os quais, segundo At 17.11, examinaram as escrituras para confirmar a pregação de Paulo. Lewis Wallace, escritor do livro que inspirou o filme Ben-Hur, livro que teve sua primeira edição no ano de 1880, começou a fazer uma pesquisa para provar que Jesus Cristo nunca existiu. Depois de dois anos de pesquisa, ele se convenceu, não só de que Jesus era um personagem histórico, mas de que era realmente o Filho de Deus, e abriu seu coração totalmente para Cristo. Simon Greenleaf, jurista e professor da Universidade Harvard, autor da obra de três volumes intitulada Treatise on the Law of Evidence (Um Tratado da Lei da Evidência), publicada entre 1842 e 1853, também investigou a veracidade histórica da ressurreição de Cristo, chegando à conclusão de que qualquer pessoa, examinando honestamente, como num tribunal, o fato da ressurreição, reconheceria que ela está amplamente provada.
Investigar, conferir, averiguar, nem sempre denotam falta de fé, mas podem indicar o contrário.
Que nós possamos crer na ressurreição de Jesus e desenvolver, em nossas vidas, pelo menos estes três tipos de fé: a fé que age, mesmo em circunstâncias desencorajadoras, a fé que se lembra das palavras do Senhor, e a fé que investiga para ver se, de fato, as coisas são como foram ditas, e junto com isso, atendermos à recomendação: “desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor” (Fp 2.12).




Algumas fontes consultadas:

http://www.portalmedico.org.br/Regional/crmpb/jornalcrmpb/ano2005/jul-ago/fe_medic.htm – Acesso em 04/04/2015
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lew_Wallace – Acesso em 04/04/2015
http://en.wikipedia.org/wiki/Testimony_of_the_Evangelists – Acesso em 04/04/2015

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